[Resenha] Manhattan sob o luar (Série “Para Nova York, com amor” – livro 6 - Sarah Morgan
Resenha: Manhattan sob o luar (Série
“Para Nova York, com amor” – livro 6)
Autor (a): Sarah Morgan
Editora: Harlequin
Nº de páginas: 380
Oi,
pessoal! Tudo bem?
E
chegamos a ele, o último volume da série “Para Nova York, com amor”! Nesse
sexto livro, Sarah Morgan manteve o padrão das tramas anteriores, criando uma
narrativa divertida, fofa, com toques de sensualidade e alguns momentos mais
reflexivos.
Em
“Manhattan sob o luar”, finalmente vamos conhecer mais sobre a tímida e
introspectiva Harriet. Irmã gêmea de Fliss, a protagonista de “Férias nos
Hamptons” (clique aqui para ler a resenha), Harriet lida com a gagueira desde
que se entende por gente. Tendo crescido em um lar caótico, com um pai tóxico
que explodia ao menor sinal da “fraqueza” da filha, ela só passou a superar de
fato esse bloqueio com as palavras após o divórcio dos pais, quando foi para a
faculdade e finalmente se viu livre da convivência com ele. No entanto,
situações que a colocam sob algum nível de estresse ainda são um gatilho.
Por
conta de toda essa aparente vulnerabilidade, ela sempre foi protegida pelos
irmãos de toda e qualquer coisa que pudesse machucá-la de alguma forma (com o
pai no topo da lista). Seja evitando uma apresentação na escola ou lidando com
clientes difíceis na empresa de passeadores de cães que criou com a irmã, Fliss
e Daniel sempre se colocaram à frente dela quando os problemas apareciam no
horizonte, permitindo que Harriet ficasse em sua zona de conforto.
Agora
que Fliss se mudou para os Hamptons com Seth e Harriet está morando sozinha
pela primeira vez na vida, ela quer parar de fugir do que lhe causa insegurança
e encarar o que quer que seja com coragem e sem a ajuda dos irmãos. Então ela
decide criar a lista de “desafios da Harriet” e fazer uma coisa que lhe dê medo
todos os dias até o Natal.
Para
onde os desafios da Harriet a levariam, ela não sabia, mas definitivamente não
esperava que fosse ser a lixeira de um restaurante - após escapar de um
encontro esquisito, para dizer o mínimo - pela janela do banheiro. Pelo menos o
tornozelo torcido serviu para conhecer o Dr. Gostosão (carinhosamente apelidado
pela irmã), não que Harriet fosse encontrá-lo novamente após aquela noite
desastrosa...
Ethan
Black, o médico responsável pela emergência de um dos maiores hospitais de Nova
York, está acostumado a trabalhar sob enorme pressão todos os dias, tanto que
aprendeu a desligar os próprios sentimentos para conseguir lidar com as
inúmeras situações desesperadoras que passam pelas suas mãos todos os dias. Então
quando sua irmã precisa viajar e pede que ele cuide de Maddie, sua
cachorrinha, Ethan sabe que não tem tempo e nem disposição para lidar com ela,
mas é incapaz de negar um pedido da família.
Por
sorte, o animalzinho tem uma passeadora encantadora que vem todos os dias em
seu auxílio, mas a parte fofa mesmo é acompanhar o nosso médico - que jura não
precisar se envolver emocionalmente – perceber que ele de fato precisa mais de
Harriet do que a própria Maddie.
Alô,
fãs de slow burn! Temos aqui um grande representante do porquê a gente adora
esse estilo de romance. A relação entre Harriet e Ethan vai se desenvolvendo
bem devagar e de maneira quase linear, sem muitos altos e baixos. Ele logo
percebe os bloqueios dela, mas ao mesmo tempo em que respeita seu espaço e
admira a sua coragem em testar os próprios limites, Ethan a provoca e também a
deixa a vontade de um jeito que Harriet experimentou poucas vezes na vida.
Agora
que finalizamos a leitura, vale dizer que essa é uma série que não apresenta
muita diversidade de personagens e culturas. Todos são brancos, com corpos
perfeitos segundo o padrão que já conhecemos e bem-sucedidos aos 30 anos. Isso
significa que as narrativas reforçam discursos racistas, gordofóbicos,
capacitistas ou carregados de algum tipo de preconceito? Na minha humilde
opinião esse não é o caso, mas seria bom encontrar um pouco mais de realidade
quando nos deparamos com histórias ambientadas em um ambiente tão plural quanto
Nova York.
Digo
isso para explicar que essa característica da série não me passou despercebida,
mas não me fez gostar menos dos livros. “Para Nova York, com amor” é um sonho
açucarado para aqueles que, assim como eu, cresceram apaixonados por filmes
como “De repente 30” e tantas outras comédias românticas que preenchem aquela
partezinha da nossa imaginação que deseja viver esse tipo amor. É leve, ainda
que discuta alguns temas mais pesados aqui e ali, engraçada e otimista de um
jeito que nos permite escapar das preocupações só como um livro fantasioso e
bem escrito consegue fazer (além de ficarem lindos na estante).
Espero que tenham gostado e me deixem aqui nos comentários se vocês já leram ou querem ler “Para Nova York, com amor”. Um beijo e até a próxima!
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