[Resenha] Férias nos Hamptons - Sarah Morgan
Resenha: Férias nos Hamptons
Autora:
Sarah Morgan
Nº de páginas:
364
Editora: Harlequin
Oi oi, tudo bem?
Estou de volta para continuar falando
sobre “Para Nova York, Com Amor”, essa série fofa e cheia de clichês para
agradar os fãs de romance. Em “Férias nos Hamptons”, Sarah Morgan explora os
conflitos de Fliss que, ao lado de sua gêmea Harriet, está construindo um
negócio de sucesso e virando referência no ramo de passeadores de cães em Nova
York. Do outro lado desse romance contemporâneo está Seth, um veterinário
dedicado e aparentemente tão fofo que fica difícil conseguir adivinhar o que
aconteceu entre os dois para que tenham passado por um casamento relâmpago e
que deixou tantas marcas. No terceiro capítulo eu já estava viciada.
Mesmo vivendo a sua melhor fase
profissional, a insegurança é algo que acompanha Fliss desde que ela se entende
por gente. Tendo crescido em um lar caótico, cercada pelos gritos e explosões
de raiva do pai que sempre fazia questão de reforçar todos os defeitos que
enxergava na filha, ela se acostumou com a ideia de que jamais seria boa o
suficiente ou digna de amor.
Aqui vai um alerta de gatilho para quem
sentir qualquer sensibilidade em relação a esses temas. A autora não abusa das
cenas em que aborda o abuso psicológico que a personagem sofreu, mas ainda
assim algumas falas e relatos podem causar incômodo. Essa é uma das principais
diferenças entre esse e os outros volumes da série cuja temática gira em torno
de assuntos menos delicados.
As únicas lembranças felizes que Fliss
guarda dos tempos de infância e adolescência são os verões que passava na casa
da avó na praia junto com a mãe, Harriet e Daniel - seu irmão mais velho
(protagonista do livro anterior). Nos Hamptons, em meio a brisa do mar e longe
do pai, ela se permitia ser feliz e esquecer dos problemas. Durante um desses
verões tranquilos, Fliss e Seth se aproximaram e o que teve início como uma
amizade em meio a um grupo grande de jovens livres de qualquer obrigação, logo
virou uma paixão meteórica que terminou tão rápido quanto começou e provocou
feridas tão profundas que atormentam Fliss até hoje.
Ela não voltou para o lugar que guarda
tantas memórias e, consequentemente, nunca mais viu Seth. Então quais são as
chances de encontrar seu ex-marido que não vê há mais de dez anos em uma cidade
como Nova York? Um verdadeiro pânico se instala em Fliss quando ela descobre
que Seth está trabalhando na clínica veterinária na qual a Guardiões do Latido
– sua empresa com Harriet – costuma levar seus clientes de quatro patas, logo o
medo de dar de cara com ele circulando pelo bairro faz com que ela reerga todas
as suas barreiras. Então quando a avó sofre um acidente em casa e precisa de
cuidados, Fliss não pensa duas vezes e parte para os Hamptons.
A ironia é que ao chegar na cidade, a
primeira pessoa que ela encontra é Seth! Tentando desesperadamente fugir de
seus medos, Fliss faz a única coisa que consegue pensar e finge que é Harriet
para não ser obrigada a encarar seu grande amor da juventude. O problema é que
Seth tinha outros planos e, assim como nós leitores, ele também está em busca
de respostas.
Acho que de todos os livros da série,
esse foi o que mais me deixou angustiada para desvendar os segredos da trama e
finalmente saber o que aconteceu entre esse casal de química invejável.
Claramente os motivos vão além do impulso e rebeldia que vêm com os 18 anos e,
para dois jovens que se casaram tão cedo (Seth era apenas dois ou três anos
mais velho) impulsividade é o que não faltou.
Fliss é uma personagem complicada de
lidar, devido a todos os traumas que ela carrega e o instinto protetor que tem
com Harriet por achar que sua gêmea mais nova ainda é a menina frágil e
sensível que foi na infância, ela tem pavor de se mostrar vulnerável e guarda
todos os sentimentos à sete chaves, impedindo qualquer um de se aproximar. Nem
a irmã consegue ultrapassar os obstáculos mais enraizados de Fliss e até Seth –
que também tem seus problemas, mas ao contrário dela, cresceu em um lar
afetuoso e não tem medo de demonstrar suas dores - conseguir com ela se abra e
diga o que realmente sente é um verdadeiro teste de paciência. Por isso,
aplausos para a escrita fluida de Sarah Morgan que não deixou a leitura
cansativa, muito pelo contrário, me fez terminar o livro em um final de semana
(o que para mim é um verdadeiro recorde) e de brinde me deixou com vontade de
ter mais alguns capítulos com esse casal por conta do desfecho um pouco
apressado, uma característica dos outros livros.
Uma bela continuação para essa série que
virou xodozinho e agora se aproxima da reta final. Logo mais eu volto para a
gente conversar sobre o último volume de “Para Nova York, Com Amor”. Até a
próxima!
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