[Resenha] A revolução dos bichos - George Orwell
"A revolução dos bichos"
escrito pelo George Orwell é uma história com diversas críticas políticas
inseridas em forma de fábula. Na obra, um dos porcos mais velhos da Fazenda dos
animais, próximo de morrer, repassa aos outros a missão da revolução que precisava
ser feita. Ele conta como os animais precisam se rebelar e que isso foi
repassado de geração para geração.
Com tudo planejado, a revolução acontece: os animais expulsam os humanos da fazenda e se tornam eles os novos donos. A primeira coisa que foi decidida é que "quatro patas é bom, duas é ruim", se referindo a quem anda com duas pernas - os humanos - como ameaças. Além disso, estipularam que tudo que fosse hábito dos humanos ou criador por e para eles, deveria ser desconsiderado. Jamais poderiam dormir em uma cama, jamais poderiam tomar bebidas alcóolicas, entre outros hábitos humanos.
A ideia é que os animais fossem livres e que todo o trabalho seria especialmente para benefício próprio, no entanto as coisas não eram exatamente como a "revolução" prometia. Os porcos se tornaram os comandantes e os outros animais se tornaram a classe operária, que precisava trabalhar e compartilhar seus esforços com os demais.
Os porcos, considerados os mais sábios, lideravam. Essa era a tarefa que eles auto designaram. E cada espécie ficou responsável por produzir em um setor. Mesmo claramente estando desiguais, a promessa da "revolução" criava uma falsa sensação de ser a coisa certa. Mesmo quando os porcos passaram a se comportar tanto como humanos que já se pareciam muito com homem.
"Nós, porcos, somos trabalhadores mentais. Todo o gerenciamento e a organização desta fazenda dependem de nós"
Durante a leitura é possível termos
reflexões sobre esse cenário ser muito parecido com a nossa “democracia”. A
história retratada nos causa um comichão de reconhecimento e revolta. É uma
excelente crítica que nos ilustra muito bem nossa realidade e causa
questionamentos. É um livro rápido, dinâmico, sarcástico e inquisitivo.
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