Livrarias apostam em unidades menores para competir com o on-line e mais!


Bilionária indústria de mangás do Japão; autoras se unem e começam novos negócios em busca de visibilidade; e Câmara dos Deputados avança projeto de lei que prevê medidas emergenciais ao setor livreiro e editorial

A revista Veja São Paulo noticiou que as livrarias apostam em unidades menores para competir com o on-line. Mesmo com a metade do tamanho, a Livraria Francesa ganhou novos ares ao se mudar para Moema após 73 anos no centro. Aos poucos, redes como a Livraria da Vila e a mineira Livraria Leitura têm substituído o vazio deixado pelas megalojas em alguns shopping centers. Até julho, a Vila planeja abrir cinco unidades na capital, entre elas uma na Zona Leste (Shopping Anália Franco), a primeira na Zona Norte (Center Norte) e uma no Jardim Pamplona Shopping.

A Folha publicou uma matéria para mostrar que lugar de mulher é a livraria. O texto explica ainda como elas mudaram o mercado dos livros e editoras. Um estudo da professora Regina Dalcastagnè, da Universidade de Brasília, mostra que, entre 1990 e 2014, de todos os livros nacionais publicados no país pelas grandes editoras, 30% eram assinados por mulheres. Desde 2014, porém, segundo Dalcastagnè, as coisas podem estar finalmente se transformando. “Há muita editora nova surgindo e se consolidando, e há também um público pedindo por mais livros de mulheres”, disse a professora e pesquisadora. Com essa mudança de cenário, autoras se unem e começam novos negócios em busca de visibilidade.

O Valor fez uma matéria sobre a bilionária indústria de mangás do Japão. De acordo com o Centro Nacional de Pesquisas de Publicações do Japão, as vendas de mangás no país aumentaram 23% e atingiram US$ 5,7 bilhões no ano passado. Como comparação, o mercado editorial brasileiro ao todo faturou R$ 5,1 bilhões (cerca de US$ 1 bilhão) no ano passado, de acordo com a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, da Nielsen Book. O relatório do Centro Nacional de Pesquisas de Publicações ressalta que as vendas de versões digitais de mangás aumentaram 31,9%, bem acima da média, fechando o período em US$ 3,2 bilhões. O valor representa 87% do mercado de todos os tipos de livros e revistas lidos em computador, tablet e smatphone no país.

O Globo divulgou quatro nomes especulados para assumir as vagas da ABL. Entre eles: Fernanda Montenegro, Gilberto Gil e Daniel Munduruku. Com reabertura prevista para outubro, instituição tem quatro cadeiras sem dono.

A Revista Forúm informou que na última quarta-feira (16/06) avançou na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2604/20, de autoria da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e que prevê medidas emergenciais ao setor livreiro e editorial em decorrência da pandemia. “Incentivo à leitura morreu no governo Bolsonaro”, diz Melchionna. 

Já O Globo contou que o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) entrou com ação judicial contra retirada de livros da Fundação Palmares. Segundo documento apresentado pelo deputado, a fundação “existe para o Brasil, não para a atual gestão do Governo Federal”.

A coluna Painel das Letras adiantou que Marguerite Duras ganha nova coleção e terá dez obras publicadas na Relicário. Editora quer renovar interesse dos leitores na francesa, que tem maior parte de sua obra indisponível hoje. Além do já anunciado livro de ensaios Escrever, em que a autora versa sobre seu ofício, a editora adianta que trará o romance Moderato Cantabile, de 1958, e o roteiro de Hiroshima, Mon Amour, que embasou o filme de Alain Resnais lançado no ano seguinte. Os dois chegam em 2022.

Ainda no prelo das editoras, o fotógrafo Renato Parada, conhecido por azer retratos de escritores e intelectuais, está lançando sua primeira coletânea de fotografias pela Ipsis, Imagens da Literatura. E a Cultura e Barbárie traz na seleção deste ano as estreias brasileiras dos poemas do congolês Sony Labou-Tansi e Filosofias Africanas, da marfinense Séverine Kodjo-Grandvaux.

Na coluna da Babel, a notícia de que Fred Di Giacomo lança em julho pela Reformatório, Geração 2010 – O sertão é o mundo. Trata-se de uma antologia nos moldes daquelas organizadas por Nelson de Oliveira nos anos 1990 e 2000.

O colunista Ancelmo Gois, d’O Globo, adiantou que até o fim do ano, a editora Paz e Terra irá colocar nas livrarias todas as obras de Paulo Freire, incluindo o polêmico Pedagogia do oprimido, além de um portal dedicado ao grande educador para celebrar o centenário do seu nascimento. Haverá o lançamento de boxes e kits temáticos e três livros inéditos.

E Lauro Jardim informou que Anielle Franco, a irmã de Marielle, vai lançar o livro A radical imaginação política das mulheres negras brasileiras (Oralituras), com textos da vereadora e de outras lideranças negras. O projeto é uma parceria entre a Fundação Rosa Luxemburgo, Mulheres Negras Decidem e Instituto Marielle Franco.

Matéria da Reuters, reproduzida pela Folha noticiou que as peças de Shakespeare e a poesia de Safo poderão ser banidas das salas de aula e restritas nas livrarias da Hungria, afirmaram editoras do país nesta quinta-feira (17). A medida funciona sob uma nova lei que proíbe “a promoção da homossexualidade ou da transexualidade” para menores de 18 anos. A associação que representa as editoras húngaras disse que ainda não está claro como a proibição —aprovada na terça como uma emenda adicional a uma lei que aumenta penas para crimes de pedofilia— funcionará. A proibição foi a mais recente medida do partido do governo, o nacionalista Fidesz, para apelar ao conservadorismo social no país, enquanto medidas anti-LGBT ganham apoio em países como a Rússia.

O Globo destacou que, na França, a edição de Mein Kampf transforma livro de Adolf Hitler em alerta contra a extrema direita. Com 27 textos analíticos e quase três mil notas explicativas, volume comentado da obra busca contextualizar historicamente a controversa obra e apontar suas fake news.

Meghan Markle celebrou que seu livro infantil agora é um best-seller. Segundo o UOL, The bench, lançado no dia 8 de junho, alcançou oficialmente o primeiro lugar na lista dos livros mais vendidos do New York Times. Meghan contou ainda que o livro começou como um poema de Dia dos Pais para Harry em 2019 e que, posteriormente, foi expandido para um livro infantil com ilustrações em aquarela de Christian Robinson.

O UOL também publicou matéria constatando que as bibliotecas comunitárias transformam a vida de crianças e adultos pelo país. A matéria apresenta a criação de uma biblioteca comunitária a partir de uma vaquinha virtual.

O colunista João Bernardo Caldeira do Valor fala sobre o apagão digital enfrentado pela área de Cultura. Imagine ter de migrar suas atividades presenciais para ambiente virtual em um contexto de falta de estrutura? Foi esse o cenário enfrentado pelas instituições culturais na pandemia, segundo Luciana Lima, coordenadora da terceira edição da TIC Cultura, que mapeou o nível de digitalização dos equipamentos brasileiros em 2020, como teatros, cinemas e bibliotecas. Somente 12% dos museus e 2% das bibliotecas oferecem visitas virtuais.


Fonte: https://www.publishnews.com.br/materias/2021/06/21/apanhadao-livrarias-apostam-em-unidades-menores-para-competir-com-o-on-line

Marcos Silva, 25 anos, Suporte T.I. e colunista do Portal Estante da Josy

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