[Resenha] Lola e o Garoto da Casa ao Lado - Stephanie Perkins
Autora: Stephanie Perkins
Editora: Novo Conceito
Nº de páginas: 320
A sina da leitora de romances ataca novamente... Me apaixonei
por mais um personagem e se você também se jogar nas páginas de “Lola e o Garoto
da Casa ao Lado”, vai terminar a leitura igualmente encantada por Cricket Bell.
Nessa história, que de certa forma é uma continuação de “Anna
e o Beijo Francês”, somos apresentados à Lola, uma jovem de 17 anos apaixonada
por design de roupas ou, como ela mesma chama, figurinos. Esse com certeza é o
traço mais marcante na personalidade da protagonista.
Calça jeans e camiseta? Jamais! Aqui o nível começa lá em
cima, com direito a perucas, vestidos feitos com toalhas de piquenique,
sapatilhas de balé para ir levar a cachorrinha para passear e muito, mas muito
mais.
E não, Lola não se importa com a opinião dos outros, nem com
o bullying dos colegas de classe, pelo contrário, a sua necessidade de se
expressar através da aparência é maior do que qualquer piadinha maldosa.
“Não acredito em moda. Acredito em figurino. A vida é curta demais para sermos a mesma pessoa todos os dias” (p.9)
A adolescente é filha de um casal gay, Nathan e Andy, que são
superprotetores e tentam controlar seu namoro com Max de todas as formas
possíveis. Mas essa preocupação é totalmente justificável depois que conhecemos
melhor o personagem. Em uma vibe bem bad boy, Max é alguns anos mais velho do
que Lola, vocalista de uma banda de rock e tem uma leve tendência para drogas e
bebidas alcoólicas.
Se você já leu “Anna e o Beijo Francês”, vai adorar
reencontrar Anna e Étienne durante os expedientes de Lola. Os três acabam
trabalhando juntos em um cinema e se tornando amigos bem próximos. É uma
delícia acompanhar os momentos em que o casal aparece e descobrir como anda o
relacionamento deles agora que estão na faculdade.
Sonhando com o dia em que vai poder criar figurinos inteiros
para filmes e séries de tv, Lola divide seu tempo entre a escola, o namoro, a
família, a melhor amiga Lindsey e seu emprego. Ela só não contava com a volta
de Cricket, seu amigo de infância, primeiro amor, o garoto da casa ao lado e
que também a deixou arrasada quando foi embora.
O problema é que Cricket é irmão gêmeo de Calliope, uma
garota irritantemente perfeita e que aprontou algumas coisinhas nada legais
para cima de Lola. Mas até aí, tudo bem, afinal Lola já está em outra, esqueceu
da paixão desenfreada que sentia pelo vizinho da casa cor de lavanda e nada vai
fazê-la desviar dos seus planos para o futuro ao lado de Max. Pelo menos isso é
o que ela acha...
Olha, eu vou falar uma coisa para vocês, a autora deve ter
pensado assim: acharam que eu não conseguiria criar outro garoto perfeito?
Acharam errado! Tudo bem, ele não é completamente perfeito, mas até o fato de
ele ser meio devagar para decidir como agir é irresistivelmente fofo.
Que leitura gostosa! Eu ri tanto em diversos momentos com o
jeito meio impulsivo da Lola que até a perdoei por ter demorado tanto para
perceber como de fato se sentia e se dar conta de que, às vezes, não vale a
pena insistir em uma ideia que, claramente, não funciona quando colocada em
prática. Mas o que é a vida sem alguns tropeços, não é mesmo?
As relações entre os personagens te envolvem na história de
uma maneira que é impossível largar, mesmo se tratando de um romance
adolescente. Sem querer dar grandes spoilers, mas existe bem mais na dinâmica
familiar da Lola do que a premissa leve do livro promete.
Além disso, fiquei doida para conhecer São Francisco e a
vizinhança colorida e amigável na qual os personagens moram. Uma curiosidade é
que o lugar realmente existe, o Castro é o “bairro gay” mais conhecido do
mundo.
Espero que tenham gostado da resenha de hoje!
Um beijo e até a próxima 😊
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