[Resenha] Anna e o beijo francês - Stephanie Perkins
Resenha: Anna e o Beijo Francês
Autor (a): Stephanie Perkins
Editora: Editora Novo Conceito
Número de páginas: 288
Ah, a Cidade Luz... Se preparem,
meus amigos, porque se assim como eu vocês também não conhecem a terra dos
croissants, “Anna e o Beijo Francês” vai te fazer querer fugir para Paris.
Literalmente.
Anna Oliphant é uma adolescente
de 17 anos e está prestes a encarar o último ano da escola. Do dia para noite,
seu pai - um escritor em ascensão com mania de grandeza - informa que ela vai
se mudar para Paris e terminar os estudos lá. O problema é que ela não está
gostando nem um pouco da ideia de abandonar sua família, amigos, trabalho e
possível namorado em Atlanta.
Aí você me pergunta: Qual é o
problema dessa garota, Isabela? E eu vou te responder: Adolescência! Essa fase
horrível e maravilhosa da vida, em que tudo ganha proporções desmedidas e cada
passo parece te colocar frente a frente com o fim do mundo.
Pois bem, isso justifica quase
todos os dramas envolvendo os personagens - que têm atitudes maduras em alguns momentos, devo dizer – mas
a maneira como a história te prende te faz ter 15 anos de novo e você embarca
nos dilemas deles sem o menor constrangimento. Mas claro, eu tenho uma queda
(bem grande) por livros desse tipo, se você não curte muito, talvez deva
procurar outros títulos.
Mesmo não falando absolutamente
nada do idioma francês, Anna não tem escolha e desembarca em um lugar
completamente estranho e sozinha. Mas calma, nem tudo está perdido. O colégio
interno e extremamente seletivo para o qual ela foi mandada se chama “Escola da
América em Paris”, uma instituição fundada por americanos, que só aceita alunos
nascidos nos Estados Unidos e todas as aulas são dadas em inglês.
Mesmo assim, a mudança é drástica
e deixa Anna desesperada para voltar para casa mas, em um momento de tristeza
(leia-se: choro descontrolado), ela conhece Meredith, sua vizinha de quarto, e
uma luz surge no fim do túnel. Porém, quando ela é apresentada aos outros
amigos de sua nova colega, o que inclui Étienne St. Clair, o garoto lindo,
engraçado, querido por todos, simpático, infelizmente comprometido e que ainda
por cima tem sotaque Londrino é que a situação começa a ficar complicada.
Afinal, Anna deixou Toph em
Atlanta, outro garoto igualmente lindo, que trabalhava junto com ela no cinema
e demonstrou real interesse em começar um relacionamento. No entanto, o tempo
passa e Anna se aproxima cada vez mais de St. Clair, construindo uma amizade
real e sincera, algo que ela precisa desesperadamente no momento. Isso a faz
tentar ignorar os sentimentos que começa a desenvolver por ele e a sensação de
que ele talvez sinta o mesmo. Mas até quando isso vai funcionar?
Todas essas relações conturbadas
ganham uma camada a mais tendo Paris como cenário de fundo. O lugar se torna
quase um personagem e adiciona um toque de aventura à empreitada de Anna, além
de ser ricamente descrito.
Apesar de ter gostado muito,
preciso dizer que alguns detalhes dessa edição – de 2011 – atrapalharam um
pouco a leitura. Por exemplo, Anna é apaixonada pelas telonas, ela sonha em ser
uma grande crítica e quando descobre que Paris é recheada de salas de cinema, fica
enlouquecida, porém em alguns momentos os nomes dos filmes aparecem traduzidos,
em outros não. Outra situação parecida é com relação ao nome da escola, que em
determinadas partes vem como “School of America in Paris”, apelidada pelos
alunos de “SOAP” e em outros como “Escola da América em Paris” ou “EAP” na
forma abreviada.
Isso pode parecer meio sem
importância, mas pelo menos para mim, esse vai e vem misturado com a quantidade
de informações que a autora colocou na história, me deixou um pouco confusa às
vezes e com a impressão e que o livro passou por várias mãos que não
conseguiram concordar sobre o caminho que deveriam seguir. Ou eu estou
problematizando demais e foi apenas um erro de revisão. Por favor, sintam-se
livres para interpretarem como quiserem! Kkkk
Em seu romance de estreia,
Stephanie Perkins criou um enredo simples, porém cativante, que vai além do
romance e aborda amizade, relações familiares e superação. O tipo de livro que
te faz refletir sobre como a gente pode tornar as coisas mais complicadas do
que elas realmente são, seja em qualquer fase da vida.
“Anna e o Beijo Francês” é o
primeiro volume de uma trilogia, seguido por “Lola e o Garoto da Casa ao Lado”
e “Isla e o Final Feliz”. Sim, quero muito ler os próximos e claro que volto
com as resenhas para vocês.
Um beijo (brasileiro mesmo) e até
a próxima!
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