[Resenha] Sejamos todos feministas – Chimamanda Ngozi Adichie

Lançamento:2014
Editora: Companhia das Letras
Número de páginas: 26
De todas as minhas últimas leituras, essa seria uma que se eu pudesse, desejaria que todas as pessoas pudessem ler. O feminismo está atualmente em evidência, mas infelizmente, ainda é visto por muitos como algo negativo, muitas vezes essa visão parte de mulheres.

Esse livro é baseado em um discurso da autora para uma conferência TED em dezembro de 2012, é uma leitura muita rápida, mas nem por isso deixa de ter importância e um peso imenso para o movimento feminista.

Muitas pessoas não entendem o movimento, e o julgam como algo desnecessário e pouco importante, na obra Chimamanda deixa claro muitos pontos de vista, o que é defendido e qual a verdadeira luta.

É uma leitura para homens e mulheres, um ótimo livro para introdução ao movimento, pois a autora relata várias situações que viveu e que exemplificam bem o que ela pretende deixar claro em suas palavras, inclusive qual foi seu primeiro contato com a palavra “feminista”.

Esse é um livro forte cheio de significado e ideal para quem tem interesse em conhecer mais sobre o tema e qual é a importância do movimento para a atual sociedade na qual vivemos.

Deixo vocês com alguns trechos dessa preciosa obra.

“Decidi me tornar uma feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens”.

“Se repetimos uma coisa várias vezes, ela se torna normal. Se vemos uma coisa com frequência, ela se torna normal. Se só os meninos são escolhidos como monitores da classe, então em algum momento nós todos vamos achar, mesmo que inconscientemente, que só um menino pode ser o monitor da classe. Se só os homens ocupam cargos da chefia nas empresas, começamos a achar “normal” que esses cargos de chefia só sejam ocupados por homens”.

“A pessoa mais qualificada para liderar não é a pessoa fisicamente mais forte. É a mais inteligente, a  mais culta, a mais criatuva, a mais inovadora. E não existem hormônios para esses atributos. Tanto um homem como uma mulher podem ser inteligentes, inovadores, criativos. Nós evoluímos. Mas nossas ideias de gênero ainda deixam a desejar”.

“Você pode ter ambição, mas não muita. Deve almejar o sucesso, mas não muito. Senão você ameaça o homem”.

“Para que serve a cultura? A cultura funciona, afinal de contas, para preservar e dar continuidade a um povo”.

“A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da nossa cultura, então temos que mudar nossa cultura”.

27 anos, jornalista e fundadora do Portal Estante da Josy

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