[Resenha] Um brinde aos amores reais - Carla Rocha

A antologia reuni 44
textos que mesclam entre poéticos e narrativos a diversidade
possível nos relacionamentos amorosos.
Os primeiros textos
são bem românticos e por isso já conseguiram me conquistar de
primeira. O tom poético dos textos proporcionam aquela sensação
maravilhosa de quentinho no coração, sorriso bobo e de pensar
naquele(a) que amamos com o coração transbordando de amor.
As palavras parecem
ter passado por uma seleção porque todas elas se encaixam
perfeitamente para resultar em um texto cheio de sentimento e
significados. A intensidade dos textos é realmente adequada a
intensidade em que sentimentos. E por isso, os textos vão adquirindo
novas abordagens. Eles transitam pelo caminho do pós amor, da dor da
perda, e do descuidado. Passa por um momento nos escuros lugares onde
o amor se transforma em ódio e chega em um ponto onde o amor próprio
reina.
Particularmente
esses textos em que o amor próprio, a valorização de quem somos,
são textos que eu gostaria que o mundo todo lesse. Refletisse e
praticasse também. As palavras que compõem os textos são reais e dão um
verdadeiro tapa na cara. Cada exemplificação que a autora dá nos
cauda uma auto reflexão e melhor de tudo, terminamos com aquela
determinação de quem entendeu onde errou e vai fazer tudo certo de
agora em diante.
Fiquei completamente
encantada pela facilidade em que as palavras fluíram e tocaram
diretamente meu coração. Muitos dos textos me proporcionaram
momentos reflexivos e mensagens extremamente importantes tiveram um
sério diálogo comigo. Me tocaram, me acertaram em cheio e me
acalentaram. Para uma pessoa romântica vivendo em tempos difíceis,
ler palavras como essas são como um bálsamo.
“Quem disse que
seria fácil? Amar nesse mundo, em que tudo é descartável é para
quem tem coragem, não é pra qualquer um! Perde-se por amar em
demasia, se perder por amar em escassez, se perde por não saber
amar. Por pessoas que não sabem valorizar as coisas boas do seu
parceiro ou até mesmo por exigir demais de si e do outro. Enfim, se
perdem no meio do caminho. Que medo é esse que as pessoas têm de
amar? De se doar? De se mostrar? Dar a cara pra bater?… Sendo que,
se cair, do chão não passa!”
Assim como o livro
começa com os textos em tom romântico, a obra tem seu desfecho no
mesmo tom. E o último texto, que dá a origem ao título do livro,
transmite aquela sensação de encerramento de uma experiência que
valeu muito a pena.
Não costumo ler
obras nesse estilo, mas ter saído da minha zona de conforto foi
maravilhoso. O livro nos proporciona mais que uma leitura, nos
proporciona uma experiência com nosso interior e essa conversa
íntima entre o livro e a gente mesmo, que mexe com a nossa mente, é
o diálogo mais enriquecedor que podemos ter.
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