[Resenha] Homo tempus - F. E. Jacob

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“Homo tempus”; autor: F. E. Jacob; editora Sromero Publisher; 274 páginas.
     Wallace é um jovem bibliotecário que é impulsionado por uma luz enquanto andava na sua bicicleta e lançado para anos a mais no futuro, mais precisamente no ano de 2095. O futuro, ao contrário do que imaginava, trazia um mundo muito diferente onde neandertais foram recriados em laboratórios para serem a força da sociedade, por possuírem os sentidos mais aguçados.
“Todo mundo sempre espera que a vida vá ser sempre melhor no futuro, sabe? Aquele pensamento que a tecnologia sempre avança e que as leis vão ser mais justas, estas coisas”.
    Ao acordar, se vê aprisionado pelos neandertais que o torturaram e o escravizaram. Mas por instinto de sobrevivência ele consegue fugir e encontrar outras civilizações nessa realidade que ele não conhece.
     Em 2095 o mundo avançou tanto que todo o controle de toda a população passou a ser do governo. Eles controlavam o sistema de transito, onde os carros não possuíam mais volante, controlavam a alimentação das pessoas nos restaurantes e, o mais bizarro de tudo, as pessoas não se relacionavam mais, por causa da possibilidade de dar errado e ser acusado de assédio, por isso, todas as procriações eram feitas de forma estrategicamente planejada pelo governo.
      Sendo o único que tem noção de como o mundo realmente era antes e vendo como houve uma visível decadência, Wallace se vê na necessidade de fazer algo para mudar essa realidade. Ele se dá conta que é um viajante do tempo, mas só ao encontrar um grupo de pessoas extremamente inteligentes e bem organizadas, é que ele descobre como isso é possível e as peças do quebra cabeça começam a se encaixar.
“Os desvios muitas vezes são os caminhos que não sabemos que precisamos tomar”.
     Além das viagens no tempo, neandertais e avanços tecnológicos, o livro traz uma leveza ao apresentar um romance simples e relações de amizades muito importantes. Diversas mensagens importantes são entregues, sobretudo o quanto devemos valorizar tudo aquilo que amamos, inclusive o nosso mundo.
     O livro é uma verdadeira ficção científica fundada em muita base histórica e desenvolve uma incrível crítica social. Apesar de ser uma distopia, a forma como o mundo tem se desenvolvido nos leva a crer que não fica muito distante de termos um futuro como o descrito no livro, onde a tecnologia avança contra nós e as pessoas se tornam tão dependentes que não conseguem mais pensar. Um debate importante de ser feito nos tempos atuais para que o avanço seja positivo e que nossa voz nunca se cale.
“[...] as coisas admiráveis são difíceis de ser criadas, mas facilmente destruídas”.

27 anos, jornalista e fundadora do Portal Estante da Josy

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