[Resenha] Homo tempus - F. E. Jacob
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Wallace é um jovem bibliotecário
que é impulsionado por uma luz enquanto andava na sua bicicleta e lançado para
anos a mais no futuro, mais precisamente no ano de 2095. O futuro, ao contrário
do que imaginava, trazia um mundo muito diferente onde neandertais foram
recriados em laboratórios para serem a força da sociedade, por possuírem os
sentidos mais aguçados.
“Todo mundo sempre espera que a vida vá ser sempre melhor no futuro, sabe? Aquele pensamento que a tecnologia sempre avança e que as leis vão ser mais justas, estas coisas”.
Ao acordar, se vê aprisionado
pelos neandertais que o torturaram e o escravizaram. Mas por instinto de
sobrevivência ele consegue fugir e encontrar outras civilizações nessa realidade
que ele não conhece.
Em 2095 o mundo avançou tanto que
todo o controle de toda a população passou a ser do governo. Eles controlavam o
sistema de transito, onde os carros não possuíam mais volante, controlavam a
alimentação das pessoas nos restaurantes e, o mais bizarro de tudo, as pessoas
não se relacionavam mais, por causa da possibilidade de dar errado e ser
acusado de assédio, por isso, todas as procriações eram feitas de forma
estrategicamente planejada pelo governo.
Sendo o único que tem noção de
como o mundo realmente era antes e vendo como houve uma visível decadência,
Wallace se vê na necessidade de fazer algo para mudar essa realidade. Ele se dá
conta que é um viajante do tempo, mas só ao encontrar um grupo de pessoas
extremamente inteligentes e bem organizadas, é que ele descobre como isso é possível
e as peças do quebra cabeça começam a se encaixar.
“Os desvios muitas vezes são os caminhos que não sabemos que precisamos tomar”.
Além das viagens no tempo,
neandertais e avanços tecnológicos, o livro traz uma leveza ao apresentar um
romance simples e relações de amizades muito importantes. Diversas mensagens
importantes são entregues, sobretudo o quanto devemos valorizar tudo aquilo que
amamos, inclusive o nosso mundo.
O livro é uma verdadeira ficção
científica fundada em muita base histórica e desenvolve uma incrível crítica
social. Apesar de ser uma distopia, a forma como o mundo tem se desenvolvido
nos leva a crer que não fica muito distante de termos um futuro como o descrito
no livro, onde a tecnologia avança contra nós e as pessoas se tornam tão
dependentes que não conseguem mais pensar. Um debate importante de ser feito
nos tempos atuais para que o avanço seja positivo e que nossa voz nunca se
cale.
“[...] as coisas admiráveis são difíceis de ser criadas, mas facilmente destruídas”.
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