Venda de mangás quase triplica nas livrarias francesas

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Gênero japonês registrou aumento de 168% em relação a números anteriores à pandemia; entre janeiro e junho deste ano, 23 milhões de exemplares foram comprados no país

Os mangas estão literalmente invadindo as livrarias francesas. No primeiro semestre deste ano, as vendas de exemplares físicos deste gênero foram 168% maiores em relação ao mesmo período de 2019. São 23 milhões de exemplares vendidos entre janeiro e junho. As vendas estão acelerando. No primeiro semestre do ano passado, a venda de mangás já tinha aumentado 15%, embora todas as vendas de quadrinhos de outras categorias tenham apresentado queda.

Os números são divulgados ao mesmo tempo em que é realizada na França a Japan Expo 2022, depois de três anos sem evento presencial. A feira tem 280 estandes profissionais e 928 autores independentes. A estimativa de que as editoras francesas possam comprar cerca de 160 novos títulos japoneses.

As últimas feiras internacionais de Bolonha, Londres e Buenos Aires apresentaram um grande aumento na participação de quadrinhos entre os expositores. Todos esses eventos chegaram a montar uma ou mais novas áreas dedicadas a HQ, notadamente o mangá.

Embora esse avanço do gênero em outros mercados não seja uma novidade, é bom ressaltar que a França sempre mostrou alguma resistência ao quadrinho japonês, talvez pelo orgulho dos fãs por sua produção nacional. Nos anos 1960 e 1970, principalmente, os quadrinistas franceses obtiveram sucesso comercial em vários outros países e seus traços influenciaram gerações de autores de outras culturas. Ao que parece os fãs franceses estão cedendo ao Encanto dos mangás.

Nesse cenário, ganha cada vez mais renome Senchiro, pseudônimo oriental de Rodolphe Balageas, criador francês de mangá, que tem 27 anos. Na imagem, um de seus mangás.

Créditos: PublishNews

27 anos, jornalista e fundadora do Portal Estante da Josy

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