[Resenha] Simplesmente Nova York - Sarah Morgan
Resenha: Simplesmente Nova York
Autor (a): Sarah Morgan
Editora: Harlequin
Número de páginas: 366
Oi, leitores! Como estão? Voltei
com mais uma resenha da série “Para Nova York, Com Amor”. Dessa vez nós vamos
falar sobre “Simplesmente Nova York”, o 4° volume dessa saga em formato de
comédia romântica que já virou queridinha.
Diferentemente dos outros livros
da série (clique aqui para conferir as resenhas). Este é protagonizado por
personagens desconhecidos ou mencionados brevemente nas histórias anteriores.
Isso até pode te deixar com uma leve preguicinha de continuar a leitura, algo
que aconteceu comigo por estar muito apegada aos outros personagens principais,
mas assim que conhecemos Daniel e Molly, é difícil largar.
Molly é uma psicóloga que pode até
parecer tímida, mas todo esse jeito introspectivo e reservado é apenas uma
forma que ela encontrou de se proteger e guardar o seu maior segredo. A verdade
é que desde que se mudou de Londres para Nova York, Molly tem levado uma vida
dupla.
Á luz do dia ela se mostra apenas
como a profissional competente e preocupada em ajudar seus pacientes a se
compreenderem melhor, mas no conforto de seu apartamento e escondida atrás da
tela do computador ela é Aggie, a escritora best-seller e colunista de
relacionamentos mais famosa da atualidade. Com milhões de acessos em seu blog,
ela responde diariamente às mensagens de seus seguidores que a procuram com as
mais variadas dúvidas sobre as dores e alegrias do amor.
Molly já passou por sérios
problemas, alguns tão grandes que a fizeram mudar de país, por isso hoje, tudo
o que ela mais quer, ou pelo menos pensa que sim, é viver tranquilamente no
anonimato, ao lado de poucos, porém bons amigos e seu fiel companheiro,
Valentine, o dálmata mais charmoso de Nova York. Até que em uma de suas
corridas matinais pelo Central Park, Daniel e seu cachorro Brutus praticamente
vão de encontro aos seus planos de uma vida sem ser percebida.
Molly e Daniel não poderiam vir
de realidades mais opostas. Enquanto ela tenta ajudar a consertar relacionamentos
amorosos, ele é o advogado de divórcios mais disputado da cidade. Implacável ao
defender os interesses de seus clientes, Daniel sabe por experiência própria
como é crescer em um lar problemático e tem certeza de que insistir em um
casamento fadado ao fracasso só pode resultar em mais sofrimento.
Apesar da grana, sua maior
satisfação é poder ver mães, pais e filhos reconstruindo as próprias vidas, por
isso, quando o conselho de uma blogueira enxerida faz com que uma de suas
clientes volte atrás na decisão de colocar um fim a uma relação tóxica, Daniel
decide descobrir quem é a pessoa por trás de Aggie e impedir que ela cause mais
estragos.
Ao mesmo tempo em que deseja
desmascarar a colunista, ele tenta a todo custo se aproximar da misteriosa Molly.
Daniel ainda não entende o que está sentindo direito, por um lado ele tem
certeza de que não quer se comprometer, por outro não consegue ficar longe dela.
Já Molly está fechada para relacionamentos e a menor menção de envolvimento
amoroso lhe dá calafrios. Apesar de enxergarem o amor em geral de maneira
bastante diferente, ambos são muito parecidos quando o assunto é o medo de
mostrarem suas vulnerabilidades e terminarem machucados. Mas a gente não pode
se fechar para sempre, não é?
Na mesma vibe divertida dos
outros livros da série, “Simplesmente Nova York” vem recheado de personagens
cativantes – menção honrosa ao casal vizinho de Molly – e uma narrativa fluida
que te prende do início ao fim sem o menor esforço. Além disso, a autora propõe
reflexões interessantes sobre as marcas boas e ruins que inevitavelmente
carregamos ao longo da nossa própria trajetória.
“Jamais vira um ser humano de mais de 20 anos que não tivesse suas questões. Isso era estar vivo. Se você estiver vivendo, mais cedo ou mais tarde terá algumas cicatrizes para mostrar”. (p. 55)
Embora não exista muita
diversidade em seus livros, Sarah Morgan sabe como fazer um bom chick lit com
os elementos que a gente mais gosta (incluindo cães fofos) e ainda garante umas
boas risadas. Sério, o relacionamento entre Daniel e Brutus é das coisas mais
encantadoras da trama.
Um pequeno detalhe presente
apenas nos outros livros e que fez falta em “Simplesmente Nova York”, são as
frases que acompanhavam cada início de capítulo. Elas eram engraçadas e cheias
de personalidade, não que isso interfira na história, mas era um charme extra
que nos aproximava ainda mais dos personagens principais.
E sim, temos alguns ganchos para
as continuações que virão. Fliss e Harriet, as irmãs de Daniel e protagonistas
dos livros seguintes entregam algumas pistas do que suas tramas prometem e já
me deixaram curiosa.
Beijos e até a próxima! 😊
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