[Resenha] O jogo do amor "Ódio" - Sally Thorne
Resenha: O Jogo do Amor “Ódio”
Autor (a): Sally
Thorne
Número de páginas:
400
Editora: Universo
dos Livros
Olá, leitores! Como estão? A
resenha de hoje, como já vocês já sabem pelo título, é sobre O Jogo do Amor/Ódio,
minha primeira leitura finalizada de 2022. Resolvi começar o ano na minha zona
de conforto com esse chick-lit divertido no maior estilo cão e gato e com
direito a vários clichês.
Diferentemente da maioria das
minhas leituras, cheguei nessa história por conta do trailer da adaptação
estrelada por Lucy Hale e Austin Powell, que chegou aos cinemas americanos em
dezembro do ano passado. Infelizmente não há informações confirmadas de quando
o filme vai chegar às plataformas digitais aqui no Brasil, mas nos poucos
minutos da prévia já fiquei bastante curiosa e corri para ler.
Lucy Hutton e Joshua Templeman
trabalham juntos. E se odeiam. Ambos são assistentes executivos dos CEO’s de
duas editoras que, para evitar a falência, se fundiram em uma única empresa. Agora
são obrigados a passar o dia todo um de frente para o outro a não ser que
desistam de suas posições, no entanto, apesar de serem opostos em muitos
sentidos, uma das poucas características que compartilham é o fato de que são
extremamente competitivos.
Enquanto Lucy é comunicativa,
sempre disposta a ajudar – mesmo quando não deveria - e querida por todos os
colegas, Josh é a própria definição de indiferença e “coração de pedra”, já que
durante a fusão das editoras ele foi responsável pela demissão de metade dos
funcionários e não se importou muito em realizar essa tarefa. Mas é claro, a
gente sabe que as aparências podem enganar...
Sabem quando o santo não bate?
Pois é, Lucy e Josh se detestaram assim que se conheceram e desde então vivem
em uma constante troca de farpas em seus vários “jogos”, o que rende diálogos
engraçados e uma dinâmica divertida de acompanhar.
As provocações se intensificam
quando recebem a notícia de que um novo cargo será criado na editora. Quem
ocupá-lo estará abaixo apenas dos CEO’s, o que significa se tornar chefe do
assistente executivo. Só de pensar em Josh como seu superior, Lucy entra em
desespero e os dois dão início a uma competição pela vaga que ficará com quem
apresentar o melhor projeto durante o processo seletivo.
Ao mesmo tempo em que o desejo de
vencer fica cada vez maior, a tensão sexual entre eles, evidente desde o
primeiro capítulo, cresce na mesma medida e nos deixa ansiosos pelo momento em
que finalmente irão aceitar a atração que sentem um pelo outro.
“Tenho uma teoria: odiar e amar alguém são coisas perturbadoramente parecidas.” (p.1)
Narrada inteiramente pelo ponto
de vista de Lucy, a história tem elementos cativantes como, por exemplo, o
apelido de “Moranguinho” que Josh deu para Lucy porque a família dela é dona de
uma fazenda de produtora de morangos. Ela odeia que ele a chame dessa forma,
por isso Josh não perde uma oportunidade. Ou o fato de que Lucy decorou o
esquema de cores de camisa que Josh veste em cada dia da semana infalivelmente
e usa isso para identificar como está o seu humor e poder provocá-lo.
Todos esses elementos são
amarrados pela escrita envolvente de Sally Thorne e, apesar dos capítulos
longos, logo de cara nós já torcemos pelo casal. Ainda assim, alguns detalhes
me incomodaram um pouco, como o excesso de menções ao quanto Lucy é baixinha, o
final corrido e a falta de um desfecho para determinadas situações que mereciam
um capricho maior. Um epílogo seria mais do que bem-vindo kkk.
Mesmo com essas ressalvas, O Jogo
do Amor/Ódio é uma leitura extremamente atrativa, ótima para quem curte
comédias românticas e quer dar umas boas risadas. A história de Lucy e Josh me
conquistou e virou queridinha, espero que a adaptação para o cinema consiga
captar e transmitir toda a química que os dois têm nas páginas.
Um beijo e até a próxima J
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