Isla e o final feliz - Stephanie Perkins


Resenha: “Isla e o Final Feliz”

Autor (a): Stephanie Perkins

Editora: Intrínseca

Nº de páginas: 299

Agora é oficial: Quero morar nos livros da Stephanie Perkins! O talento que essa autora tem em te sugar para o universo que ela cria através de sua escrita fluida é surreal e só posso dizer que preciso de mais! Enfim chegamos ao último livro dessa trilogia que conquistou meu coração lá no primeiro volume e não poderia ter sido encerrada de maneira melhor.

Antes que vocês me perguntem, sim, é possível ler os livros fora da ordem correta, mas segue o meu conselho e não cometa essa besteira. As histórias ganham várias camadas a mais quando você acompanha desde o início e é uma delícia reencontrar os personagens que já se tornaram tão queridos.

Há uma cena em específico em “Isla e o Final Feliz” que me fez derrubar algumas lágrimas e ela jamais teria o mesmo impacto se eu já não estivesse completamente imersa no mundo deles. Sério, leiam na ordem!

Dito isso, vamos à história... Diferentemente dos dois primeiros livros, aqui o casal principal já é conhecido dos leitores. Josh apareceu bastante em “Anna e o Beijo Francês”, muito amigo dos protagonistas, ele vive se metendo em encrencas na escola, nunca chega no horário e parece não se importar muito com o que acontece na SOAP (Escola da América em Paris). Tirando, é claro, os seus desenhos.

Ele é um artista, se pudesse passaria 100% do seu tempo entregue à sua grande paixão. Josh sabe o que quer fazer, tem um plano traçado para o seu futuro e vê a escola somente como mais um obstáculo que o separa da liberdade.

Isla, por outro lado, é toda tímida e certinha. Pelo menos aos olhos de quem não a conhece muito bem. Melhor aluna da sala, todos sabem que ela está destinada a um futuro brilhante. O problema é que ela nem sabe o que realmente quer fazer ou para onde quer ir.

Ah, quase me esqueci de mencionar, Isla é apaixonada por Josh desde que começou a estudar na França, mas aparentemente foi preciso um verão em Nova York, quatro sisos a menos e algumas doses de analgésicos para esse romance começar a se desenrolar.

Que enredo apaixonante! Aqui a relação começa já no primeiro capítulo, o que me agradou demais, pois ao contrário dos outros romances da série, dessa vez não existe um grande dilema que os personagens precisam enfrentar para ficarem juntos. Nessa história, uma situação inusitada em Nova York coloca um no destino do outro e a partir de então eles assumem as rédeas e falam “para quê complicar, não é mesmo”. Ah, doce ilusão... Quando você menos espera, a autora joga um baita drama no seu colo.

Virar adulto é difícil. Essa fase é complicada para todo mundo e quando se tem um milhão de inseguranças, o surto vem, não importa o quanto você tente escondê-lo. Isla se cobra o tempo inteiro, ela sempre acha que nunca será boa o suficiente e todo esse sentimento de inferioridade faz com que ela se sabote e nem perceba. Quantas vezes a gente se coloca como perdedor antes mesmo de tentar, não é?

Com Josh não é muito diferente, apesar de não ter medo de se arriscar em o que quer que seja, a relação conturbada com os pais acaba ditando boa parte de suas escolhas, mesmo que ele ache que não.

“Sempre peguei muito pesado comigo mesma. Mas não é melhor ser realista em relação a essas coisas antes que outra pessoa use isso contra você? Antes que alguém machuque você? Não é melhor que você mesma faça isso? Sempre pensei que ser realista faz as pessoas serem mais fortes.” P.244

Essa é uma história sobre autodescoberta, amadurecimento e amizade. Entender que todos temos responsabilidades e obrigações, mas que isso não é desculpa para nos fecharmos em um casulo e ficarmos bem tranquilos na nossa zona de conforto. Compreender que as pessoas mudam e que cada um tem o seu próprio ritmo deveria ser matéria escolar!

Agora, alguém me ajuda a lidar com as minhas expectativas que nesse momento encontram-se vagando na Lua depois de conhecer St. Clair, Crickett e Josh? Alô, leitoras de romance que também se apaixonam pelos personagens, como faz para controlar? Kkk

Gostou da resenha de hoje? Então acompanha o portal porque logo, logo tem mais!

Um beijo e até a próxima

 

Isabela Colucci, 26 anos, jornalista, colunista e resenhista do Portal Estante da Josy. Jornalista por formação, sempre fui apaixonada pelo universo da literatura, então poder trabalhar com isso é o meu sonho de princesa. Sou bastante curiosa quando o assunto é moda, por isso, vocês vão me ver falando bastante sobre o tema por aqui. E claro, como não poderia faltar, algumas doses de cultura pop.

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.