[Resenha] O beijo traiçoeiro - Erin Beaty


“O beijo traiçoeiro”; autora: Erin Beaty; editora: Seguinte; 430 páginas.

Sage Fowler nunca quis ser uma dama, sempre gostou de subir em árvores, brincar como os garotos e não se preocupar com sua aparência. E sua liberdade sempre foi apreciada por si, até que o pai da jovem morre e ela é obrigada a viver com os tios.

Não é que os tios não gostem dela, eles a tratam bem, cuidam e se preocupam com sua segurança, mas eles também querem um futuro para a garota, querem que ela case. Sage jamais se imagina casada, ela não quer de jeito nenhum ser o objeto de um homem – coisa muito comum na época. Mas ela precisava atender aos pedidos dos tios e aceita participar do Concordium.

O Concordium era ministrado por uma casamenteira muito esperta. O objetivo do negócio era preparar as jovens para serem noivas adequadas. Através de várias entrevistas, a casamenteira era capaz de escolher o parceiro ideal para cada mulher, sendo que a decisão sempre partiria do homem.

A entrevista de Sage foi um desastre, era claro que ela não aceitava ser subordinada e isso gerou um convite especial da parte da casamenteira. Ela convidou Sage para ser sua assistente (mas no fundo ela tinha o plano secreto de casar Sage também). A jovem era muito boa em entrar em locais despercebida, a ouvir conversas e captar detalhes. Todas as informações que ela coletava, ela anotava em um grande caderno que ela carregava por todos os lados. Essas informações eram repassadas para a casamenteira para que auxiliasse na escolha dos pares.

Mas esse convite de trabalho era um acordo secreto apenas entre Sage e a casamenteira, para todos os outros Sage era só mais uma das damas do Concordium buscando seu par ideal.

De outro lado, o reino está à beira de uma guerra e soldados estão se preparando para uma grande batalha. A vida deles e do grupo de mulheres do Concordium se encontra quando eles ficam encarregados da segurança das moças durante uma viagem. Durante o tempo que permanecem no mesmo local, Sage observa os soldados e Ash, um dos soldados, observa as moças. Ambos são espiãos, ambos fingindo ser quem não são para obter informações e ambos terão uma ligação que nem imaginam.

Em um determinado momento, Sage percebe que Ash espia seu caderno e desconfia, mas logo esclarecem a ela que ele não sabe ler e escrever e provavelmente olhava o caderno dela apenas por curiosidade. Sendo assim, ela se oferece para ensiná-lo a ler. Sem ter como recusar, eles começam encontros para terem aulas juntos. Sempre entre uma atividade ou outra, Sage sempre tentava tirar alguma informação do soldado que sempre se esquivava e ao mesmo tempo, ele ouvia atentamente as histórias que ela contava sobre sua infância.

Logo, os oficiais percebem o potencial na garota inteligente de língua afiada e decidem incluí-la na missão. Mas ela já estava um passo a frente e totalmente indignada pelas mentiras.

O cenário, o enredo e o suspense sobre a identidade me fez lembrar de “The kiss of deception”, achei as histórias bem parecidas, apesar de ainda preferir muito mais “O beijo traiçoeiro”. Achei o romance envolvente de uma forma muito melhor. Suspirei e sofri com os personagens que possuem uma personalidade realmente avassaladora e bem imposta. A protagonista consegue ser uma verdadeira militante entre os militares.

 

O início do livro é bastante explicativo e leva um tempo para você entender a relação e função entre os personagens. A construção desses personagens é tão bem feita, que leva um tempo até entender que a autora pregou uma peça em nós.

Tem cada plot twist que é de abrir a boca! E o desfecho do livro me fez suplicar por mais.

Descobri que o livro faz parte de uma trilogia e estou sofrendo agora por não ter condições de comprar o segundo e mais ainda por saber que o terceiro livro ainda nem foi lançado. Choremos.



27 anos, jornalista e fundadora do Portal Estante da Josy

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