[Resenha] Um cavalheiro à bordo - Julia Quinn


Resenha: Um Cavalheiro À Bordo
Autor (a): Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Nº de páginas: 287

Olá, leitores! Hoje a resenha é sobre “Um Cavalheiro À Bordo”, o terceiro livro da série “Os Rokesbys”, prelúdio de “Os Bridgertons”, da autora Julia Quinn. Nesse livro vamos acompanhar as aventuras em alto mar que uniram Andrew e Poppy.

Às vezes você precisa estar no lugar errado e na hora errada para que algo bom aconteça e foi exatamente um acaso desse tipo que levou a jovem Poppy Bridgerton a ir parar à bordo de um navio pirata. Falando assim, parece um absurdo, mas aqueles não eram piratas comuns, muito menos o capitão da embarcação...

Recém saída de uma temporada social em Londres e pouco entusiasmada com os possíveis pretendentes (um mais chato do que outro), a curiosa, divertida e competitiva Poppy seguiu rumo ao litoral para a casa de sua amiga de infância. Ao conseguir sair sozinha para um passeio, ela decide explorar as pequenas cavernas que iam de encontro ao mar. Quando vê uma abertura grande o suficiente para entrar, ela não pensa duas vezes, porém o que era para ser algo inocente se tornou um verdadeiro pesadelo.

Dois piratas a encontram e, receosos de que ela pudesse contar a alguém sobre o que faziam ali, eles a dopam (da maneira mais educada que a situação permitiu) e a carregam para o navio Infinity. Na embarcação, o destino de Poppy estaria nas mãos do capitão.

Filho do conde de Manston, Andrew James Rokesby apreciava sua liberdade. Enquanto oficial da marinha inglesa, ele protagonizou uma missão que saiu completamente do planejado. Seus superiores então decidiram que as habilidades diplomáticas de Andrew seriam melhor utilizadas em atividades secretas à serviço da Coroa. É então que ele se torna o capitão James.

Por alguns anos tudo correu dentro da normalidade (tanto quanto suas tarefas permitiam) até que o destino colocou Poppy dentro de seu navio. Ele não podia libertá-la e correr o risco de ter seus negócios ameaçados ou que sua família descobrisse o que ele realmente fazia, afinal os Rokesbys e os Bridgertons sempre foram extremamente próximos. A solução que encontrou foi manter Poppy em sua cabine durante a viagem até Portugal e assim que terminasse seu trabalho, a levaria de volta em segurança sem que ninguém descobrisse, afinal sua criação jamais permitiria que ele arruinasse a reputação da jovem e ele sentia um pouquinho culpado pela situação na qual ela se encontrava.
 
Impulsiva e com uma resposta sarcástica para tudo, Poppy não perde uma oportunidade para alfinetar Andrew, que sempre rebate na mesma altura. A química entre os personagens acontece bem aos poucos. As disputas verbais cheias joguinhos com duplo sentido vão revelando lentamente o quanto suas personalidades são parecidas e é partir do sentimento de admiração que o romance começa a se desenvolver. Ambos se apaixonam pelo intelecto um do outro, pela forma como enxergam o mundo e reagem a ele.

Em uma época na qual as mulheres não tinham direito a frequentar escolas e universidades, Poppy encontra em Andrew alguém que apoia a sua vontade para saber e conhecer tudo, além de seu espirito aventureiro.

“Ela riu outra vez, chegando mesmo a tombar a cabeça para traz com a gargalhada. Andrew estava enfeitiçado. Já a achava bonita, mas naquele momento, ela transbordava algo muito além da beleza. ‘Bonito’ era algo tedioso, estático, algo que Poppy Bridgerton jamais refletiria”. (p. 115)

A maior parte da história se desenrola em alto mar sem grandes acontecimentos, no entanto o ritmo entre os protagonistas não deixa os capítulos monótonos. Mas é quando o Infinity atraca em Portugal que as cenas ganham mais ação e a descrição dos lugares e comidas nos leva em uma viagem no tempo.

Não foi possível conhecer muito da tripulação do Infinity, sabemos que há vários homens à bordo, porém como a trama é narrada por Andrew e Poppy - que não tem permissão para sair da cabine – muito ficou para a nossa imaginação. Mas em compensação me diverti com os piratas Green e Brown e com Billy, o marujo mais novo da tripulação, de apenas 13 anos, que cativa com seu jeito educado e doce.

Em “Um Cavalheiro À Bordo” encontramos uma história criativa e que também se desenrola longe da Inglaterra o que expande o universo abordado pela autora. Com diálogos espirituosos e divertidos que nos levam de maneira fluida pela leitura no melhor estilo Julia Quinn e mais menções a nossa amada família Bridgerton do que no livro anterior, digo tranquilamente que esse é o meu favorito da série “Os Rokesbys” até agora. Mal posso esperar pelo próximo!

Espero que tenham gostado e até a próxima resenha!

27 anos, jornalista e fundadora do Portal Estante da Josy

5 comentários:

  1. Amei a resenha, estou ansiosa pra ler :) Finalizei recentemente a leitura de Uma Dama Fora dos Padrões e amei :D

    https://www.submersaempalavras.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigada! Também amei Uma Dama Fora dos Padrões, com certeza você vai gostar de Um Cavalheiro à Bordo :)

      Excluir
  2. Gente, simplesmente preciso ler essa série. Adoro essas mocinhas fora do padrão, com aquela pitada de rebeldia, e Poppy parece ser exatamente isso.

    Parabéns pela resenha!

    https://www.amorpelaspaginas.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada!!! Essa série é perfeita e a Poppy é muito divertida e sarcástica, não tem como não torcer por ela e pelo Andrew.

      Excluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

Tecnologia do Blogger.