[Romances de época] O duque e eu - Julia Quinn
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Para começar, preciso dizer que
sou leiga no universo dos romances de época. Li uns dois em toda minha vida literária
e nenhum com uma fama tão grande como esse tem. Alguns anos atrás, quando a
editora Arqueiro deu um voto de confiança para esse gênero e começou a
publicá-los no Brasil, eu acompanhei de perto o sucesso que foi sendo gerado,
entretanto, o gênero nunca havia me despertado muita atenção e vou explicar os
três motivos.
- Eu já imaginava que o romance de época traria a forte ingenuidade e vulnerabilidade da mulher, que era muito comum naqueles tempos.
- Não seria nada como Jane Austen, um romance clássico que poderia se manter sem nenhum beijinho, pelo contrário, eu já estava ciente que os romances de época eram comuns em terem muitas cenas sensuais.
- Não tem nada de fantasia, e fantasia é o que me conquista de cara.
Bom, observações que sim, são reais.
Os romances de época abordam claramente os costumes característicos. As
mulheres eram sim o sexo frágil. Eram obrigadas a se casarem assim que
completavam 15 anos. Se passava muito dessa idade, já começavam a cismar que tinha algo
de errado com a moça. Os homens é que escolhiam. Na verdade a negociação era
feita pelo pai da moça direto com a família do pretendente. E normalmente as
moças que estavam “no cardápio” eram as jovens, bonitas, de classe social alta
e que não eram de falar muito. Já o homem não tinha empecilho nenhum, não
sofria preconceitos e se ele era “libidinoso” (palavra muito comum na obra) ele
era mal falado, porém ainda sim era cobiçado.
O machismo da época é
extremamente fixado em todas as páginas e ler esses fatos que foram bem comuns
nos causa uma ebulição de sentimentos. Em destaque a gratificação dos dias
atuais, da nossa liberdade como mulheres, ainda que não seja 100%, conquistamos
muito no decorrer desse tempo e conhecer a realidade das mulheres que nos
antecederam, nos traz um conhecimento e um olhar novo.
Se tratando do romance, podemos
dizer que é uma história fofinha, cheia de referências que podem arrancar
vários suspiros. Uma característica do livro da Julia Quinn, que já foi me
informado que está presente em todas as obras dela, é a narrativa divertida que
ela nos apresenta. O enredo é engraçadinho, os personagens são cativantes e a
história sempre tem momentos que nos tira alguns risos. Esse ritmo me agrada
muito e faz com que a leitura flua muito mais rápido. O romance é do tipo
exageradamente fofo, o que eu, particularmente, gosto muito.
“Assim, beijá-la se tornou uma questão de autopreservação. Era simples: se não fizesse isso, se não a possuísse, ele morreria. Parecia melodramático, mas naquele instante ele poderia jurar que era verdade. O desejo que se enroscava em suas entranhas acabaria fazendo-o sucumbir.”
Outra característica que, na
minha opinião, tornou os livros da Julia Quinn famosos e inesquecíveis, foi o
fato de trazer uma família grande e explorar diversos aspectos dela. No
decorrer dos livros vamos conhecendo cada vez mais sobre um determinado
integrante da família.
Melhor ainda, a família e todos com linhagem, estão sob os holofotes de uma jornalista secreta que escreve em um jornal popular da cidade as fofocas das famílias. O mistério proporcionado por essa personagem instiga ainda mais a leitura. Sem falar que as frases dessa pessoa misteriosa são maravilhosas.
Melhor ainda, a família e todos com linhagem, estão sob os holofotes de uma jornalista secreta que escreve em um jornal popular da cidade as fofocas das famílias. O mistério proporcionado por essa personagem instiga ainda mais a leitura. Sem falar que as frases dessa pessoa misteriosa são maravilhosas.
“Dizer que os homens podem ser teimosos como mulas seria um insulto às mulas”.
Nesse primeiro livro conhecemos a
história da Daphne, a primeira da família Bridgertons a atingir a idade de
casar e que já está há um tempo em busca de um marido, mas não está tendo muito
sucesso. Paralelamente somos apresentados a história de Simon, o herdeiro do
ducado que não pretende de forma alguma assumir o título.
Isso porque na infância ele foi
rejeitado diversas vezes pelo pai por não atingir a perfeição que esse almejava.
Com uma raiva que foi alimentada durante muitos anos, Simon decide que não vai
deixar que seu pai seja vitorioso, sendo assim, ele se torna muito superior,
mas se nega a assumir o título, querendo assim dar fim a toda essa linhagem que
o pai tanto amava.
Mas seu caminho cruza com o de
Daphne e ele não pode negar que a presença dela causa nele sentimentos que não
estava disposto a sentir por ninguém. E mais do que isso, ela queria um
casamento e filhos, algo que ele nunca poderia dar a ela por causa de sua
promessa.
Não posso concluir minha opinião
tendo lido apenas o primeiro livro, mas já posso adiantar que me conquistou
mais do que eu esperava e pretendo dar continuidade em toda a série. Só preciso
do investimento, que não é pouco, já que são no total 9 livros! Mas assim que
possível eu posso garantir que lerei todos. Julia Quinn já conseguiu me fisgar
no primeiro livro, então tenho muitas expectativas para os demais e tenho
certeza que não vou me decepcionar.
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