[Série] #39 Degrassi
Degrassi:
Next Class é uma série canadense, lançada em 2016 e disponível na Netflix. Essa
é a quinta da franquia “Degrassi” e conta com 4 temporadas. Apesar de toda essa
sequência, cada uma possui uma história isolada, não dependendo assistir as
anteriores para compreender a história. A trama se passa em um colégi e tem
como foco principal abordar temas de diversidades entre jovens e adolescentes.
A
série apresenta temas tabus como: preconceito com etnias, depressão, suicídio, homossexualidade,
drogas, sexualidade, bulimia, feminismo, automutilação, entre outros. Há
episódios em que vários temas são retratados ao mesmo tempo, nos levando a
refletir. As cenas nem sempre tratam dos assuntos com leveza, temas que merecem
mais seriedade a recebem, podendo causar até um certo desconforto em quem
assiste. Mas acredito que o objetivo é esse mesmo: incomodar, causar reflexão e
mudança em quem assiste, pois as coisas que acontecem na série estão presentes
na vida real, no nosso dia a dia.
A
história é sim com foco nos adolescentes, toda a vida dos personagens é nesse
cenário, sofrendo todos os medos, angústias, empolgações e paixões que qualquer
adolescente passa, mas com algo a mais, com as coisas que estão ao nosso redor
e que, se não está acontecendo com a gente, certamente está acontecendo com
alguém bem próximo.
Para
mim, Maya é quem tem mais destaque na trama. Não sei dizer se ela é realmente a
protagonista, mas posso garantir que ela rouba toda a atenção. Com uma
personalidade bem forte, mas com os pensamentos um pouco fora de ordem, ela
tenta se ajustar como pode no mundo, mesmo quando as coisas começam a sair do
controle. A evolução dela durante a história é algo que causa impacto. Não é da
forma como a maioria das histórias que traz uma personagem pra baixo e que
depois se supera, com ela acontece o oposto.
Outra
coisa que choca é a Lola que também é uma jovem de muita personalidade. Ela é a
única mulher gamer no meio de um grupo só de homens e não se deixa abalar pelo
preconceito. Entretanto, com o desenrolar da história, ela descobre que não tem
um gênero sexual definido. Ela, não é bem “ela”, mas também não é “ele”.
Digamos que seja um meio termo. Uma coisa tão diferente certamente não seria
algo bem visto pelos demais e não foi. E a dor dela pode ser sentida por
qualquer um que assiste.
Eu
não posso dizer que o final de toda essa história é dos mais felizes, algumas
coisas não ficaram perfeitas, assim como na vida real, mas tiveram o desfecho
ideal para passar a mensagem que desejavam passar. O final é perfeito de uma
maneira não tão bela, mas é impossível não se emocionar. É sim uma série pesada,
afinal tem uma responsabilidade enorme com esses temas tão polêmicos, mas
trabalhou bem cada um deles e isso faz dela marcante e inesquecível.
Assista o trailer:
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