[Resenha] Para onde vão os suicidas? - Felipe Saraiça
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A
escrita de Felipe por si só, é muito agradável, e essa é a segunda obra que li
do autor, e confesso que é a que mais gostei. Apesar de ter uma temática
pesada, o livro é leve. E não é apenas sobre morte, mas sim sobre a vida.
A trama
acontece sobre a personagem Angelina. Uma jovem com a vida toda pela frente,
mas que encontra muitos conflitos dentro de si. Ela não consegue mais suportar
o peso do mundo em que vive sobre seus ombros. Então ela resolve colocar um
ponto final em sua dor.
Só que
para sua surpresa, ela ainda precisa passar por mais algumas etapas para
concluir seu desejo. Então que ela se encontra com Ixtab, uma espécie de guia
que irá lhe ajudar a encontrar seu caminho. Para descansar e se desvencilhar do
que ainda a prende na Terra, ela precisa convencer as pessoas com pensamentos
suicidas, de que a vida vale a pena, caso falhe nessa missão sua alma não
conseguirá se libertar de seu corpo.

Ele
mostra algumas vertentes do ser humano e também reflexões acerca de nosso
comportamento e principalmente, que ninguém é capaz de saber a dor do outro.
Nessa
obra você vai encontrar uma escrita delicada e com sutileza sobre o tema. Como
eu disse acima, é uma leitura leve, pois o autor consegue na medida certa dar
andamento a sua história, de uma maneira que podemos tentar entender um pouco
sobre as dores que cercam pessoas com tendências suicidas.
Apesar
de não ser um livro de poesias, eu enxergo muita poesia na escrita de Felipe.
Suas palavras tornam a leitura muito mais fluida. Outro ponto interessante
neste livro é que seus capítulos são curtos, e bem explicados sobre os
personagens e suas histórias.
Não
posso deixar de falar sobre a parte estética do livro que é muito bonita. A
capa chama muito a atenção, assim como a diagramação utilizada para a obra, que
facilita a leitura.
Para
onde vão os suicidas? É uma leitura que todos deveriam fazer. Afinal, ninguém
pode medir a dor do outro, e nem deve tentar. Cada um sabe os monstros que precisa
lutar diariamente. Felipe Saraiça consegue em seu livro transmitir muitos
sentimentos entre eles à empatia, seja gentil.
Por
hoje fico por aqui! Hoje os deixo com um trecho do livro. Até a próxima!
“Eu plantei flores no jardim
De diversas cores e tamanhos
Talvez vocês gostem de alguma,
E, assim, tenham lembranças boas sobre mim” (pág. 13)
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