[Série] #24 Gypsy - Netflix
Olá, como estão? Hoje gostaria de dividir minhas impressões
com vocês sobre a série Gypsy. A produção é mais um original da Netflix. O
título que em inglês significa cigana, tem muito a ver com a protagonista Jean
Holloway (Naomi Watts).
Os ciganos têm o hábito de não se fixar em nenhum lugar,
eles são nômades que se mudam com grande frequência. Jean é uma cigana, pois
não consegue se fixar. Mas ela não muda de lugares, e sim de personalidades.
A protagonista é uma terapeuta muito misteriosa, que aparentemente
tem uma vida perfeita. Como já dizia o ditado “ As aparências enganam”, isso
resume muito bem o enredo que se desenvolve na trama.
Jean é casada com Michael Holloway (Billy Crudup), e deste
relacionamento eles tem uma filha. Dolly (Maren Heary) é uma menina que foge
dos padrões. Diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade, ela não se identifica com o sexo que nasceu, logo ela começa a
se vestir como garoto, o que é respeitado por seus pais. Isto aliás é muito
abordado na série, a liberdade que a menina tem em ser quem ela realmente quer
ser.
O que fica claro para
o telespectador é que eles já tiveram muitos problemas, mas que apesar disso,
eles tentam salvar esse matrimônio. Mas apesar do esforço do marido, Jean
parece não estar tão empenhada em manter a relação. Uma das características de Jean é seu envolvimento com seus
pacientes. Na trama ela se envolve particularmente com Sam Duffy (Karl Glusman)
que não consegue superar o termino de relacionamento com Sidney Pierce (Sophie
Cookson). O jovem abre seu coração para a terapeuta que acaba utilizando essas
informações de uma maneira nada profissional. Jean cria uma espécie de jogo. No
qual apenas ela conhece as regras.
O que fica claro é que Jean gosta de manipular as pessoas. E
ela é muito boa nisso. Com uma personalidade dupla, ela se desdobra para ser a
boa mãe que protege sua filha, cuida do marido e é uma profissional exemplar.
Ao mesmo tempo que em sua outra face, ela usa outra identidade, onde pode ser
descolada, sem problemas e se aventurar sem medo das consequências.
Mas com o passar dos episódios, ela percebe que seu jogo
está saindo do controle. Onde suas duas “vidas paralelas” começam a se cruzar,
e ela percebe que seu controle aparente da situação está desaparecendo.
São dez episódios que se desenvolvem bem, apesar de em
alguns momentos faltar um pouco de dinâmica na produção, mas nada que
comprometa o seu bom andamento. E infelizmente preciso dizer que “rainha dos
cancelamentos” (ultimamente) a Netflix, cancelou mais essa série, e digo que
foi de maneira precipitada.
Mesmo cancelada é uma produção que vale a pena de ser
acompanhada! Por hoje fico por aqui! Até a próxima resenha!
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