Victoria do patife, Romance de época infanto juvenil de Meg Cabot
“Victoria e o Patife”; autora: Meg Cabot; editora: Galera; 254 páginas.
Para quem me acompanha desde o
início já sabe que Meg Cabot tem uma importância muito grande na minha formação
como leitora. Muitas pessoas ingressaram na literatura com os livros O diário
da princesa, por exemplo, escritos por ela em meados de 2000. Eu, por outro
lado, conheci o trabalho da autora por meio da série A mediadora, uma série
infanto juvenil sobrenatural que envolve um romance entre uma jovem mediadora e
um fantasma. Essa história ocupa um espaço gigantesco no meu coração até
hoje.
Depois dessa série, segui lendo
inúmeros livros da autora que escreve para um público juvenil. Desde histórias
para um público mais infantil até para um público mais jovem. Histórias sempre
muito bem escritas com ritmo envolvente.
Mas foi em 2019 que eu descobri que
Meg Cabot também escrevia romances de época através de um pseudônimo! É isso
mesmo. Como ela é uma autora conhecida e vinculada ao público infanto juvenil,
ela não quis escrever um livro adulto que poderia cair nas mãos erradas, por
isso adotou o pseudônimo Patrícia Cabot. Responsável que fala, né?
Como Patrícia Cabot ela escreveu
romances de época bem no estilo que a gente conhece, cheio de romance e
sensualidade, até mesmo com cenas ardentes. Entre os trabalhos escritos com o
pseudônimo eu tive o prazer de ler um deles: Pode
beijar a noiva (você pode ler a resenha clicando aqui). Foi uma grata
surpresa ao perceber que Meg Cabot consegue escrever maravilhosamente para
ambos os públicos.
Mas por que eu fiz essa
introdução? Foi justamente para apresentar minha última leitura da Meg Cabot. Victoria
e o Patife é um romance de época o que me surpreendeu, já que não é escrito
pelo pseudônimo, mas como sempre, não decepcionou. Esse romance de época,
diferente dos que ela escreve sob o pseudônimo e semelhante a todos os outros
livros que ela escreve como Meg Cabot é um infanto juvenil! Sim, um romance de
época infanto juvenil! O que me fez me surpreender muito positivamente.
Sinopse do livro:
Criada pelos tios na Índia, Victoria é enviada a Londres aos 16 anos a fim de conseguir um marido. Mas é na longa viagem até a Inglaterra que a jovem encontra o amor, na figura de Hugo Rothschild, o nono Conde de Malfrey. Tudo estaria ótimo se não fosse a insuportável interferência do capitão do navio, Jacob Carstair. Por que ele não pode confiar na escolha de Victoria? Por que ele não a deixa em paz? Estaria Hugo escondendo algo?
Victoria
Criada na distante Índia, a jovem e rica herdeira Lady Victoria Arbuthnot está acostumada a comandar a própria ida e a de todos à sua volta. Mas no seu aniversário de 16 anos, Vicky é despachada, sem a menor cerimônia, para o coração do Império: os tios mandam para Londres... a fim de arrumar um marido. Mas, com a costumeira eficiência, ela consegue um noivo antes mesmo de pisar em solo inglês.
O Patife
Hugo Rothschilg, nono Conde de
Malfrey, é tudo o que uma jovem pode desejar em um futuro marido. Bonito,
viajado e, como não bastasse, rico. Exatamente o que Lady Victoria sempre
sonhou. Tudo está encaminhado... Quer dizer, se pelo menos Jacob Carstairs, o
capitão do navio, parar de implicar com o namoro clandestino. A intromissão de
Jacob beira à inconveniência, e Victoria não compreende tanta persistência. Mas
quando fica claro que o jovem Lorde Malfrey pode não ser tão bom partido quanto
parecia, Victoria é forçada a admitir, pela primeira vez na vida, que ela está
errada. Não apenas em relação ao noivo, mas sobre as razões por trás do
comportamento de certo capitão...
A história não tem nada de tão surpreendente, mas é uma delicinha como a maioria dos livros dela são
Na trama, Victoria é uma jovem
herdeira que perdeu os pais bem nova e foi criada pelos tios. Ao completar 16
anos é enviada a Inglaterra para ser apresentada para a sociedade, mas ainda
dentro do navio, ainda na viagem, é pedida em casamento.
Acontece que existe um outro
personagem nessa história: Jacob Carstairs, um rapaz muito bonito, mas também
bem irritante. Está sempre próximo da família de Victoria e está sempre a
chamando de Srta Abelhuda devido a personalidade dela de sempre se envolver no
problema dos outros querendo ajudar. Momentos antes de Lorde Malfrey proferir
seu pedido de casamento, Victoria percebe a presença de Jacob. E quando Malfrey
a pede em casamento ela não hesita em aceitar, deixando Jacob realmente
desconsertado - ou será que enciumado?
Durante os preparativos para o
casamento, era intensa a insistência de Jacob de alertar Victoria sobre a
índole de Lorde Malfrey, o que ela também insistia em ignorar até que... Jacob
encontrou uma forma bem convincente de ter a atenção de Victoria. E após esse
momento ela percebe que tudo que ela achava que sabia estava errado, inclusive
a pessoa por quem ela achava que estava apaixonada...
A história tem uma ambientação
impecável! Exceto pela não inclusão de cenas sensuais, a história tem o mesmo
ritmo de romances de época bem conhecidos. No entanto, é impossível não
perceber o toque de escrita da Meg em cada página, com o romantismo,
sensibilidade, personalidade, perspicácia e até cenas clichês bem produzidas.
Com o crescimento do interesse por romances de época, é comum que jovens leitoras queiram ler também o gênero. Se é o seu caso, ou você tem alguma jovem que quer presentear e tem receio de presentear com um romance de época por causa das cenas sensuais, escolha Victoria e o Patife sem medo. Não tem cenas sensuais e não perde em absolutamente nada dos outros livros do gênero. Victoria e o Patife é um romance de época infanto juvenil de ótima qualidade.
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