[Resenha] Pequena coreografia do adeus – Aline Bei
Editora: Companhia das Letras
Número de páginas: 282
Olá
leitores, como estão? Hoje gostaria de compartilhar com vocês a resenha de um
livro muito especial para mim. Aline Bei é uma de minhas autoras favoritas e
este foi meu segundo livro dela. Exatamente como aconteceu com “O peso do
pássaro morto”, este livro me prendeu do início ao fim e me trouxe um misto de
sensações ímpares enquanto realizava a leitura. 
Em
“A pequena coreografia do adeus”, conhecemos Júlia, uma menina que enfrenta
desde muito pequena muitos conflitos entre seus pais, que são divorciados. A
mãe se recusa a aceitar que tenha sido abandonada pelo marido, e ele prefere
esquecer que um dia foi casado. Com isso, Júlia se encontra perdida em todo
esse conflito.
Durante
a leitura podemos acompanhar a menina desde a sua infância até a fase adulta
com uma narrativa em prosa composta por versos. A escrita da autora é tão
poética e sensível que é impossível não construir uma conexão com sua
protagonista.
Quem
já leu o primeiro livro de Aline, já é conhecedor de seu estilo de escrita e da
sensibilidade que ela possui em conduzir muito bem seus personagens tanto
quando são crianças como já na fase adulta.
É
um livro que aborda conflitos familiares, violência e abandono e isso nos toca
muito durante a leitura, principalmente quando são narrados por uma criança. 
Podemos
acompanhar um relato impactante e como as experiências que vivemos ajudam a
formar quem somos, mas nossas dores não devem são parâmetros para quem podemos
ser. Júlia tem sonhos, como toda criança e conforme vai crescendo, tenta
entender qual caminho pretende seguir e com isso, podemos acompanhar uma mulher
forte que foi igualmente marcada pela dor e pelo amor, que um dia, quando
pequena, tudo o que desejava era atenção e amor. Seu desespero por estes
sentimentos, salta das páginas e nos tocam de uma maneira muito forte. Júlia
cria sua própria coreografia repleta de vivencias únicas, como acontece com
todos nós, e apesar de tudo que enfrenta ela não desiste de acreditar.
A
poesia de Aline é tocante, marcante, mas principalmente bela e dolorosa na
mesma medida. Esse é daqueles tipos de livros que lemos em uma só vez, com
breves espaços de tempo para recuperar o fôlego e encher o coração de esperança
sobre o futuro de Júlia a quem passamos a amar e desejar abraçá-la em sua
pequena coreografia do adeus.
 

 
		 

 
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