[Resenha] A garota no gelo - Robert Bryndza
“A garota no gelo”; autor: Robert Bryndza; editora:
Gutemberg; 332 páginas.
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Após a morte de seu marido, Erika Foster, uma brilhante
detetive, foi encaminhada para outra cidade para liderar a investigação de um
misterioso caso de assassinato. A vítima, Andrea Douglas-Brown, uma socialite
filha de uma família importante, foi encontrada morta embaixo de muito gelo em
um parque de Londres.
O caso parece complicado, a família é importante demais para
ser confrontada, mas há muitos indícios que levam a crer que eles sabem de
alguma coisa, especialmente a irmã de Andrea, uma jovem que sempre foi ofuscada
pelo brilho da irmã.
O pouco que se sabia, é que Andrea havia marcado de se
encontrar no cinema com os irmãos, mas nunca apareceu. Uma testemunha surge
dizendo que viu Andrea em um bar com um homem e uma mulher, mas logo em seguida
ela desaparece, não dando a declaração oficial para que pudesse estreitar as
investigações.
Pouco depois, o destino da detetive se cruza com Ivy Norris,
uma prostituta de idade que deixa escapar a mesma informação da testemunha
anterior: que viu Andrea em um bar, com um homem e uma mulher. Mas Ivy não é
muito de confiança e ninguém da delegacia quis levar a sério a informação. No
entanto, Erika confiava em sua intuição em que dizia que Ivy tinha informações
valiosas e, de forma desesperada, tentou subornar a mulher. Mas Ivy parecia extremamente
perturbada com o assunto e fugiu. Mais tarde, Ivy entrou para a lista de
pessoas mortas.
Quando o rapaz que estava com Andrea no bar na noite em que
ela morreu foi identificado, Erika tinha certeza que o caso estava chegando ao
fim. Mas não poderia estar mais enganada. Ela estava certa sobre todos esses
personagens do caso se interligarem, mas tinha uma peça do quebra-cabeça que
estava faltando e essa peça já estava atrás dela para apagar seus rastros.
Com personagens bem estruturados, o romance policial nos
presenteia com uma trama de muito suspense e emoção. Apesar do eletrizante caso
da investigação, que instiga na busca de respostas, as emoções dos personagens
também são apresentadas, o que nos aproxima e causa empatia. Nos deixa mais envolvidos
na história. Erika carrega muitas dores, mas mesmo assim se mantém forte e
muito motivada. Seu trabalho é seu maior foco, então ela não mede esforços para
buscar a resolução.
“Já tinha derramado lágrimas suficientes para uma vida inteira. Estava na hora de agir”.
O desenrolar é instigante e quanto mais o caso se desenvolve,
mais nos pegamos concentrados em tentar descobrir quem é o assassino.
Odeio livros em que não é possível descobrirmos quem é o
assassino porque ele nunca apareceu na narrativa, ou apareceu de forma quase
que insignificante e isso não acontece nessa obra. O assassino está sempre por
perto. E apesar de desconfiarmos dele, é difícil afirmar com certeza. O sujeito
é ardiloso e essas mentes doentias são as que compõem as melhores histórias.
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