[Resenha] Doutor Sono - Stephen King

“Doutor sono”; autor: Stephen King; Editora: Suma das Letras; 472 páginas”.


O livro, que é uma continuação do clássico do Stephen King, “O iluminado”, conta a história de Danny, agora adulto e enfrentando problemas maiores dos que precisou enfrentar no Hotel Overlock.

O começo nos apresenta um homem alcoólatra, assim como foi seu pai, Jack Torrance. Dan utiliza da bebida para que a sua iluminação (como ele denomina seus dons) se afaste dele e ele possa ter uma vida razoavelmente normal, sem ter a presença de fantasmas ao seu redor todo o tempo. Mas a bebida o tornou um viciado, uma imagem que ele mesmo detestava ver. E após um acontecimento envolvendo uma mulher e seu filho e um roubo, Dan decide parar de beber.

Durante sua recuperação, Dan passou a frequentar as reuniões do AA (Alcoólatras Anônimos), ganhou um padrinho para sua sobriedade e conseguiu um emprego em uma casa de repouso, Seus dons ajudavam os pacientes na travessia para a morte, por causa disso, ele apelidado de Doutor Sono.
Foi nesse período que ele começou a receber a visita de uma garotinha em sua mente: Abra. No início, a mocinha queria apenas se apresentar, buscar alguém como ela para conversar, mas após algum tempo, Dan percebeu que havia algo diferente e isso foi confirmado quando Abra pede socorro a ele.
“Danny ficou ouvindo de olhos arregalados, fascinado. Sempre achara a história de Barba Azul a mais pavorosa de todas, a mais pavorosa possível, mas aquela era pior. Porque era verdadeira.”
Abra surpreendeu os pais desde o início com seus dons espetaculares e pelo mesmo motivo, ela chamou atenção de um grupo chamado “O verdadeiro Nó”, composto por serem com habilidades especiais. Não são totalmente humanos, apenas de se apropriar de sua forma e se alimentam de “vapor”, uma espécie de fumaça que sai das crianças iluminadas quando morre. Abra é como se fosse a maior “cabeça de vapor”, seus dons a tornam a mais cheia dessa substância que eles apreciam e por isso ela se torna o principal foco da gangue.

Quando a jovem recebe a primeira visita em sua mente da líder do grupo, ela percebe que está sendo observada e que corre perigo e é nesse momento que decide contatar a única pessoa que ela sabe que tem os mesmos dons que ela: Dan.

Apesar dele não a conhecer e ser algo bem arriscado, ele sente que precisa fazer algo, então pede férias no seu emprego e parte em direção a cidade da garota para que juntos possam resolver a situação. Mas a viagem vai surpreendê-lo mais do que ele imagina quando ela revive questões do seu passado e revela assuntos muito importantes. Por coincidência – ou não – o covil do Verdadeiro Nó é exatamente no mesmo lugar onde situava o Hotel Overlock e retornar para aquele lugar traz a tona mais do que fantasmas do passado.

A ligação entre Dan e Abra, que se inicia bem no comecinho, logo pouco depois do nascimento da menina, se estreita e se torna algo bem profundo, uma ligação de alma e de iluminação. E se separados eles são fortes, juntos eles podem ser ainda mais. Eles são apenas dois contra um grupo de “vapor-sugas”, mas a coragem é o maior dom que eles possuem.

E agora, em novembro, teremos uma adaptação desse livro para os cinemas! Para quem não sabe, o filme do primeiro livro “O iluminado” foi lançado no natal de 1980 e apesar de ter efeitos bem surpreendentes para o que se tinha na época, não agradou o próprio King. Para que a obra apresentada nos cinemas tivesse uma “leveza”, os diretos acharam conveniente alterarem o final, o que foi muito decepcionante para o autor e para os fãs da história.

Agora em 7 de novembro de 2019 é a vez de “Doutor Sono”, a continuação de “O iluminado” ganhar as telonas. Dessa vez, esperamos que a adaptação seja completamente fiel a história para que não decepcione os fãs e o nosso querido King.

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27 anos, jornalista e fundadora do Portal Estante da Josy

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