[Resenha] A pequena livraria dos corações solitários - Annie Darling
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“A pequena livraria dos corações solitários”; autora: Annie
Darling; Verus Editora; 304 páginas.
Para os verdadeiros amantes de livros, essa obra é uma
preciosidade. Posy, assim como a maioria de nós, é uma apaixonada por
literatura, em especial por romances. Ela
sempre esteve envolvida nesse universo, seus pais trabalhavam na Bookends, onde
toda a família também morava. Após a morte de Lavínia, a proprietária, Posy herdou
toda a livraria.
Posy ficou
feliz por não perder seu lugar especial, por ainda ter um lugar para morar com
seu irmão Sam, mas também preocupada por não saber como salvar a livraria que
há anos estava passando por problemas financeiros. Mas determinada a reerguer o
comércio ela tem uma ideia extraordinária: transformar a livraria em uma loja
segmentada para livros de romance a qual mudaria de novo, se chamando agora de “Felizes
para sempre”. Mas quem não concordou nada com isso foi o Sebastian, o neto
arrogante de Lavínia.
Mesmo com todas as desavenças, Posy e Sebastian nutriam um
carinho especial por terem sido criados juntos e agora estavam juntos também na
missão de reerguer a livraria, porém há uma discordância muito forte: enquanto
Posy planeja reinaugurar uma livraria de romances, Sebastian insiste na ideia
de reabrir como “A adaga sangrenta”, tendo o segmento na ficção policial. Como
Sebastian possuía mais recursos e trouxe até mesmo uma gestora, a jovem acabou
mandando uma “Ah, que seja”. Mas na verdade continuou, pelas costas do rapaz,
dando continuidade a sua ideia original, receosa de que ele pudesse descobrir
tudo.
Nos intervalos do trabalho duro, ela se arriscava a escrever
um romance com uma pitada “caliente” para aliviar sua tensão. O problema é que
o protagonista de seu romance era o próprio Sebastian, com toda a sua
arrogância. E que ela tinha se incluído nessa trama. Posy nem tinha se dado o
trabalho de mudar os nomes dos personagens. Ela só havia levado o romance para
um período histórico de regência, com um linguajar da época. Dessa forma,
intercalando com a narrativa da história, uma outra história vai sendo
apresentada para o leitor: “Violada pelo devasso”.
Sendo herdeira de todo legado que a propriedade possuía, Posy
entrou em desespero quando percebeu que talvez ela não seria capaz de entregar
a livraria pronta no prazo, como prometera, mas é surpreendida por receber a
ajuda de quem ela acreditava que nunca mais receberia o perdão.
Eu, por ter sido livreira por alguns anos, me identifiquei
muito com a narrativa. Eu compreendo perfeitamente a paixão e cuidado com os
livros e, me colocando no lugar dela, senti a pressão da responsabilidade. Mas
imagina que sonho herdar uma livraria toda pra si? Esse romance traz exatamente
isso, uma boa história para os entusiastas da literatura, em especial pelos
romances. Repleto de referências literárias, a obra conquista qualquer
bookaholic por se identificar com essa paixão da protagonista.
“Tipo, se você me cortar, vou sangrar palavras”.
Posy vivia dos
romances que lia nos livros, sonhando um dia ter um pouco disso na sua vida
real, ter o seu próprio “Felizes para sempre”, mas como toda boa história com
final feliz, ela encontra o seu quando e onde menos espera.
“Cada livro prometia a seu leitor que, por mais dificuldades
e tormentos que a vida pudesse lançar em seu caminho, ainda havia finais
felizes a serem alcançados”.
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