[Entrevista] Roxane Norris
Olá, leitores! Hoje eu tenho a honra de trazer para vocês uma entrevista com a autora Roxane Norris. Ela iniciou sua carreira escrevendo fanfics e logo se descobriu como a grande autora que se tornou e tem feito muito sucesso. Atualmente ela está lançando um romance de época que envolve o feminismo. O livro intitulado "Indulto ao Corso" trabalha questões importantíssimas de empoderamento com uma grande dose de paixão. Preciso adiantar que amei conhecer um pouco mais dessa autora e me ganhou com as respostas dela ♥
E.J: Conte-me um pouco sobre você. Sempre soube que queria ser
escritora? Como tudo aconteceu?
R.N: Não, eu sempre soube que queria ser Arquiteta, e assim
foi. Já o gosto pela leitura e pela escrita sempre existiu, pois eu costumava
escrever muitos poemas. Embora, eu só tenha me embrenhado em textos narrativos
através da fanfictions. Foi no fandom de Harry Potter que dei meus primeiros
passos.
E.J: E a sua trajetória. Como chegou onde está hoje?
R.N: Depois de escrever fanfics de Harry Potter, adentrar
outros fandons foi uma questão de tempo, e cada vez mais meu envolvimento com a
escrita se torna latente. Eu não queria parar. Foi, então, que comecei a
escrever uma fanfic de Vampire Knight, da Matsuri Hino, e com um personagem
secundário, já morto no mangá. A minha curiosidade de explorar o potencial do
personagem foi tamanha que dela surgiu Immortales, meu primeiro livro.
Desde então, não parei mais de escrever.
E.J: Vi que suas primeiras obras foram sobre o sobrenatural. O
que te fez mudar e abordar uma temática tão forte quanto é o feminismo?
R.N: A verdade é que nunca pensei nas minhas obras com a
visão feminista. Na verdade, eu acredito que a minha empatia pelas personagens
da Sarah MacLean é que seja a grande propulsora desta identificação com o
movimento. Assim como acredito que isso também ocorre pelo fato de que a mulher
tem, cada vez mais, ocupado seu espaço na sociedade, e como tal gera uma
necessidade de identidade com os textos que lê. Cria uma representatividade,
mesmo com romances de época.
A questão da
mudança de gênero foi, e acho que posso me expressar desta forma, uma consequência
natural do fato que o fantástico/sobrenatural raramente possui expoentes
femininos. Nossa luta dentro do gênero para poder ter reconhecimento é árdua.
Como sempre gostei de contextualizar minhas obras na história, essa mudança
ocorreu sem muitas nuances.
E.J: E por que em um romance de época?
R.N: Porque é o gênero com o qual mais me identifico, não só
em argumentação como no estilo de escrita. Quem já teve contato com meus textos
sabe que não possuo uma escrita prosaica.
E.J: Quais são suas referências sobre o feminismo? Tem alguma
inspiração?
R.N: Sem querer, eu respondi essa pergunta no que diz
respeito ao âmbito da literatura. No entanto, a história em si está cheia de
mulheres extraordinárias, não só por sua representatividade na luta, mas também
pela defesa se suas posições, como Simone de Beauvoir.
E.J: Como foi escrever “Indulto ao Corso”?
R.N: Como todo o livro, Indulto envolveu muita pesquisa. Mas
foi uma grata surpresa conseguir manter uma sequência até certo ponto dinâmica
entre os acontecimentos e as cenas. Gostei muito do resultado.
E.J: Conte um pouco sobre a trama e os personagens de “Indulto ao
Corso“ e, se puder, compartilhe alguma curiosidade conosco.
R.N: Rose Anne é uma jovem inglesa muito a frente do seu
tempo, com uma personalidade forte e ímpar, já que desde cedo – apesar de vir
de uma família com recursos, e até certo ponto por isso mesmo – conquistou sua
independência ao se envolver no mesmo tipo de trabalho de seu pai: espionagem.
Scar, ao contrário, teve que construir sua vida por uma caminho mais tortuoso,
e dessa forma teve o caráter moldado pela carreira que escolheu, a de corsário.
Dono de uma personalidade tão forte quanto Rose, e quando se vê no centro das
suspeitas da jovem, será inevitável um confronto entre ambos, ainda que ardilosamente
ele consiga provar sua inocência.
A pergunta que deixo aqui ao meu futuro leitor é: será que
uma grande paixão é capaz de domar duas pessoas tão determinadas?
Creio que Indulto é uma grande história de amor, com um
fundo histórico muito interessante.
As curiosidades sobre o livro, ficam a cargo do nome da ilha
citada em suas páginas: Queimada, que é um filme antigo, de 1969, sobre tráfico
de negros, e tendo como ator principal Marlon Brando. E, também, o filme em que
Benedict Cumberbath – meu amor já mais que declarado – atua como
primeiro-ministro, quando a lei de combate ao tráfico é criada na Inglaterra:
Jornada pela Liberdade. Vale a pena assistir ambos.
E.J: Qual é a mensagem que você quer transmitir aos seus leitores
por meio dos seus livros?
R.N: Não posso dizer que sempre tenho uma mensagem para
passar definida. Gosto de pensar que meu leitor tem horas de prazer ao lê-lo,
se sente parte da história, e principalmente, reconhece fatos históricos que um
dia já teve contato. Penso que é uma forma de contar certos feitos com empatia.
E.J: Fale um pouco sobre as suas outras obras.
R.N: Vou me ater aos romances de época, que é o meu trabalho
no momento.
Tem a trilogia Irmãs Reims, lançada pela Qualis Editora, que
traz a história de três irmãs, orfãs de mãe, em que cada uma, a seu modo,
descobrirá o amor.
Em o Misterioso Conde de Rothesay teremos Irina, a mais
velha das irmãs, superando todas as dificuldades, inclusive a própria
resistência do protagonista, Thomas,
para viver um romance intenso e cheio de reviravoltas.
No segundo livro, O Diabólico Duque de Essex, Gwen, a mais
nova das irmãs, com sua personalidade única e cheia de nuances que a leva
sempre a ficar em perigo eminente, será confrontada por um grande desafio:
fazer Yurik, um duque acostumado com traições e intrigas, acreditar que está
diante de uma mulher verdadeiramente apaixonada por ele. O curioso é que temos
com cenário o Brasil, e D. Pedro II e Teresa Cristrina envolvidos numa trama
que pode romper os bons laços com a Inglaterra
E.J: Quais são seus planos futuros para a sua carreira?
R.N: Ir cada vez mais longe, alcançar mais leitores, e nunca
parar de escrever, nem que seja um conto... Que, aliás, estou devendo para meus
leitores!
E.J: Roxane, gostaria de transmitir a minha enorme satisfação em
poder entrevistá-la. Pesquisei sobre você e fiquei encantada. Gostaria de
parabenizá-la pelo trabalho que desenvolve há tantos anos!
R.N: Josy, o prazer é meu!! Obrigada pelo seu carinho, e quando puder, quero conhecê-la!
R.N: Josy, o prazer é meu!! Obrigada pelo seu carinho, e quando puder, quero conhecê-la!
Chegamos ao fim da nossa entrevista. Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu. Vocês viram só, ela é fã de Vampire Knight! Roxane, já sou sua fã. Podemos marcar nosso encontro? Quero ser sua BFF ♥ hahaha Muito sucesso na sua carreira!
Por hoje é isso, leitores, até a próxima!
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