[REPORTAGEM] Escritores regionais insistem, apesar de preconceito do público
Escritores regionais relatam a
dificuldade na região.
Autores de regiões
pequenas são pouco conhecidos pela própria população. A frustração se deve à
falta de divulgação das obras nas cidades e da confiança dos leitores em
experimentar algo novo. As pessoas possuem preconceito com o próprio local onde
vivem. Apesar das dificuldades, os escritores continuam a lutar para colocar
seus sonhos em prática, afinal, fazem esse trabalho por amor.
A professora Natalia
Moreno, de Porto Feliz/SP, autora do livro “Quando eu me amar” e “Do caos a
esperança”, conta que novos escritores não possuem muito apoio, a mídia prefere
investir naquilo que é mais famoso, que é mais certeza de sucesso. “É preciso
ter paciência, segurar a ansiedade e ter a mente aberta para uma resposta nem
sempre positiva ou, às vezes, até a falta dela. É preciso ser persistente e,
principalmente, acreditar em seu trabalho.”, relata.
Daniel Vilela, 33 anos, autor de Sob o sangue
dos Hereges, complementa dizendo que há uma dificuldade muito grande para
conseguir uma editora que publique seu livro, em geral, elas esperam um
investimento do autor. Com a falta de apoio, eles divulgam o trabalho que fazem
como podem: através de redes sociais, grupos e jornais.
Em pesquisa feita em um
grupo do facebook “Clube do livro”, que reúne mais de 40 mil membros, conclui que
97% dos livros na estante dos leitores brasileiros são de escritores
estrangeiros. Mas ainda tem os que gostam de valorizar a cultura de seu país.
“Literatura boa não tem nacionalidade, o que é bom, é bom, independente de onde
foi escrito”, afirma Ramon Oliveira, leitor.
O preconceito, as
dificuldades... Tudo isso é o de menos para estes guerreiros, como menciona
Natalia: “Tudo é recompensado quando recebo um recadinho de algum leitor com
palavras carinhosas que tocam o coração”. O trabalho pode não ser reconhecido
por milhares de pessoas, mas aquele número de pessoas que a obra atingiu já é
muito significativo para eles.
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