[Resenha] O diário de Anne Frank

Olá pessoal. Tudo bem com vocês?
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Estou por aqui de novo para dividir com vocês outra dica de leitura. Quem gosta de livros que retratam histórias reais, vai gostar da resenha que trago para vocês hoje.
O diário de Anne Frank é um clássico para quem gosta de saber mais sobre um período muito complicado e triste que perdurou pela Alemanha e outros países, o Holocausto.
De uma maneira suave e terna, Anne nos relata através de suas palavras de menina um dos períodos mais importantes da história mundial.
Quando ganhou o diário como presente de aniversário, Anne não imaginava que ele seria em muitos momentos seu único jeito de desabafar, onde iria depositar suas esperanças, seus últimos relatos em vida.


Anne nasceu na Alemanha, em 12 de junho de 1929, aos quatro anos foi obrigada a sair do país com sua família após a chegada de Adolf Hitler ao poder. O regime nazista se iniciou em janeiro de 1933, e foram colocadas em prática as medidas contra os judeus, que foram considerados como não pertencentes à raça ariana. Ao ter início à segunda guerra mundial, o exercito alemão ocupou a metade ocidental da Polônia. Assim os judeus polacos foram obrigados a transferir-se para campos de concentração.
Na Polônia foram criados campos equipados com instalações de gás com vastos crematórios para incinerar os corpos das vítimas, apagando assim os vestígios do extermínio. As deportações foram realizadas em toda Europa ocupada por alemães.
Mais de cinco milhões de judeus foram assassinados. No final da guerra, em 1945, muitos dirigentes nazistas foram condenados, alguns executados, por um tribunal internacional de crimes de guerras, o tribunal de Nuremberga. Hitler suicidou- se em 1945, em Berlim na Alemanha.
Nas páginas de seu diário Anne relata momentos vividos por sua família e de outros fugitivos que encontraram uma esperança de vida no Anexo do escritório de Otto Frank, seu pai. Diário este que parecia simples na época, mas ajudou a contar o sofrimento vivido por fugitivos deste período tão difícil que foi o nazismo. Narrativa forte, detalhada, histórica.
Foram cerca de dois anos trancados sem ter contato com o mundo fora das paredes do anexo. Acompanhando todas as notícias sobre a guerra através do rádio. Vivendo sobre regras de convivência muito rígidas, porém necessárias para sobrevivência.
No decorrer de sua narrativa é possível perceber todo seu amadurecimento em relação a todo este período, é possível presenciar conflitos típicos de quem se limita a viver no extremo. Em muitos momentos chega a ser comovente, ler toda a esperança nas palavras simples de Anne de que tudo estava perto de um final feliz para eles.
O diário de Anne sofreu algumas alterações em sua primeira publicação feita por seu pai Otto. Um dos motivos foi o conteúdo que tratava de sexualidade, afinal apesar de conter declarações importantes sobre este período, continha declarações da transformação que ocorre na passagem da infância a puberdade. O que para época, o ano de 1947, não seria bem visto.
Quando Otto morreu no ano de 1980, ele deixou os documentos ao Instituto Estatal Holandês para Documentação de Guerra, em Amsterdã. Então o instituto resolveu investigar a história e publicar o diário na integra, sendo que está nova versão foi escrita com base no primeiro livro de Otto, porém com informações que foram cortadas na primeira edição. Contudo em 1998 surgiram outras cinco páginas antes desconhecidas, e com a permissão da Fundação Anne Frank foram incluídas na nova versão.
Está nova versão ficou de forma definitiva por Otto H. Frank e Mirjam Pressler.
E impossível não se envolver com todo sofrimento desse período vivido por Anne, seus amigos e familiares. O livro em formato de diário nos coloca no mundo da garota e nos transporta pela história do nazismo e todas as suas atrocidades.
Mas isso não tira a beleza do livro, afinal por ser uma história real conseguimos sentir toda esperança que era presente entre essas pessoas. Que mesmo apesar do sofrimento era possível acreditar em dias melhores.
Eu super-recomendo a leitura desse clássico, e para quem quer conhecer com mais profundidade essa história de uma maneira diferente, após ler o livro é possível também acompanhar essa comovente história através do cinema. Pois são duas versões do filme. Uma feita em 1959, logo após o período, e filmada no lugar original onde toda a história se passou. A outra versão foi lançada em 2009 e trata do assunto de maneira mais fiel a original do livro.

Vou ficando por aqui, espero que gostem da resenha e principalmente do livro. Até a próxima!


27 anos, jornalista e fundadora do Portal Estante da Josy

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